LEGISLATIVO
Recorde de candidatos e fim das coligações: eleição para vereador vira incógnita na reta final
Recorde de candidatos e fim das coligações: eleição para vereador vira incógnita na reta final
Mudanças nas regras transformam pleito de 2020 em experiência para partidos e candidatos
Mudanças nas regras transformam pleito de 2020 em experiência para partidos e candidatos
Gustavo Jesus
As eleições de 2020 trouxeram uma grande novidade em relação aos pleitos anteriores. Até a eleição passada, os partidos se juntavam para formar as chapas de vereadores. Neste ano, a regra do jogo mudou. Partidos só podem se juntar para apoiar candidatos à prefeitura. As coligações estão proibidas na eleição proporcional, nesse caso a de vereadores.
A necessidade de fazer partidos fortes para eleger representantes na Câmara Municipal fez com que os partidos políticos trabalhassem para formar chapa completa – com até 20 nomes. O resultado foi a eleição com mais postulantes ao Legislativo na história do município. Entre candidatos deferidos e com recursos 166 cidadãos buscam uma vaga na Câmara.
Dos atuais vereadores da Casa, 12 buscam a reeleição, enquanto Neide Garcia (PTB) tenta colocar seu filho João Garcia Filho no seu lugar. Seria o terceiro membro da família a ocupar uma cadeira na Câmara. O atual vice-prefeito, Gustavo Pinato (DEM), também tenta voltar ao Legislativo.
Para definir os vencedores do pleito proporcional é importante entender o quociente eleitoral e o quociente partidário. O valor é calculado dividindo o número de votos válidos (ou seja, desconsiderando brancos e nulos) pela quantidade de vagas no Legislativo – no caso de Fernandópolis, 13.
Para definir quantas vagas serão de direito de cada um dos partidos, o número de votos válidos obtidos pela legenda é dividido pelo quociente eleitoral – cálculo que dá origem ao chamado quociente partidário. O resultado, que despreza casas decimais, corresponde ao número de vagas que será ocupado por representantes do partido.
Se houver sobra de vagas, as cadeiras são distribuídas por meio do cálculo da média, isto é, da divisão do número de votos válidos de cada partido pelo número de lugares obtidos pela legenda mais um. Quem tiver o maior resultado fica com a vaga que sobrou.
Em Fernandópolis, nas eleições de 2016, foram 35.731 votos válidos na eleição para a Câmara dos Vereadores, o que resultou num quociente eleitoral de 2.749 votos.