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Eleições mostraram amadurecimento de lideranças e provam: a união é possível

Eleições mostraram amadurecimento de lideranças e provam: a união é possível

EDITORAL

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Publicada há 3 anos

Os últimos anos foram bastante tensos na política nacional. Desde a eleição de 2014, onde a polarização entre esquerda e direita ganhou contornos de Fla-Flu ideológico, passando pelo impeachment da presidenta Dilma Roussef em 2016 e culminando com a eleição e os quase dois anos de governo Bolsonaro, a política tornou-se um assunto bélico. Entre votados e votantes.

Paralelamente a isso, Fernandópolis viveu anos pacíficos politicamente falando. O mandato de André Pessuto sofreu com momentos de turbulência que não foram necessariamente causados por antagonismos políticos ou manobras no Legislativo como em outras eras. As eleições deste ano seguiram toada semelhante.

Obviamente a oposição teceu críticas a atual administração e em alguns momentos – como numa panfletagem anônima despejada nas ruas do Centro -, os sinais de guerra da tal velha política apareceram. Mas foram poucos. Dá para dizer que Fernandópolis mostrou-se politicamente muito mais madura do que a média nacional.

Esse amadurecimento das lideranças, entregam, no dia 16 de novembro, uma Fernandópolis muito mais democrática, propositiva e com boas perspectivas para um bom trabalho da classe política nos próximos anos. E este trabalho engloba vencedores e vencidos.

André Pessuto, Henri Dias e Renato Colombano fizeram uma disputa de alto nível e pavimentaram o caminho para a tal da união das forças políticas locais que sempre se fez necessária.

O exemplo já desgastado da vizinha Votuporanga está sempre aí para provar o quanto a união é necessária. E os últimos quatro anos mostram ainda mais como até uma base sólida pode patinar com a desarmonia política em quatro dos 20 anos que o mesmo grupo esteve no poder.

Em um mundo estremecido por lideranças populistas e personalistas, temos a necessidade de que a tomada de decisões esteja nas mãos de pessoas equilibradas, que busquem mais a convergência do que a divergência. As eleições na maior democracia do planeta – não confundir com o sistema eleitoral cheio de particularidades-, deu uma luz sobre qual caminho que a humanidade deve percorrer.

O vencedor do pleito deste domingo terá condições únicas na história recente deste município para, através do diálogo e do desprendimento, fazer a maior convergência de forças políticas relevantes que Fernandópolis já viu para que, a partir de então, a cidade recupere todos os anos perdidos com brigas, picuinhas e falta de diálogo entre as lideranças.


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