PRISÃO

Polícia prende técnico em informática suspeito de chefiar quadrilha de pornografia infantil

Polícia prende técnico em informática suspeito de chefiar quadrilha de pornografia infantil

Homem foi preso pela operação 'Black Dolphin' dentro de casa, em Rio Preto, onde estava com o filho de 5 anos

Homem foi preso pela operação 'Black Dolphin' dentro de casa, em Rio Preto, onde estava com o filho de 5 anos

Publicada há 3 anos

Homem preso durante a operação Black Dolphin em Rio Preto - Foto: Arquivo Pessoal

Da Redação/G1

Um técnico em informática de 43 anos foi preso na manhã desta quarta-feira, 25, em São José do Rio Preto durante a Operação Black Dolphin, que investiga uma quadrilha de pornografia e exploração sexual infantil. Segundo a polícia, o suspeito é considerado o chefe da organização criminosa.

O homem foi preso dentro de casa, onde estava com o filho de 5 anos. A criança foi entregue para os avós. Com ele, a polícia apreendeu máquinas fotográficas, computadores. Ele foi flagrado armazenando material pornográfico infantil.

A operação continua durante a manhã e a Polícia Civil cumpre 14 mandados em várias bairros de Rio Preto e outras cidades da região.

A ação é coordenada pelos policiais de Rio Preto e com mandados em quatro estados brasileiros, MG, RJ, RS e SP, para o cumprimento de 219 mandados de busca e apreensão, além de dois de prisão.

O objetivo da ação é localizar arquivos digitais compartilhados na Deep Web, conhecida como internet invisível para atividades ilegais, como a exploração sexual infantil.

Investigação

Segundo a polícia, a investigação começou em 2018, quando os policiais descobriram um homem que pretendia vender a sobrinha para criminosos na Rússia.

Ainda de acordo com as investigações, o plano dele era levar a criança para a Disney da Europa e entregá-la aos criminosos na Rússia, alegando que ela teria desaparecido no parque.

A partir desse suspeito, os policiais começaram a monitorar a deep web, se infiltrando em mais de 20 comunidades desse perfil e descobriram uma rede de predadores sexuais, principalmente infanto-juvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual.

De acordo com a polícia, foram encontrados mais de 10 mil contas de e-mails para esse tipo de crime. Além disso, foram encontradas mais de cinco clouds (nuvens) exclusivas com imagens de abusos infantis. As nuvens estavam abrigadas em países do leste europeu.

Nome da operação

Segundo a polícia, o nome da operação foi escolhido em razão dos investigados afirmarem que as leis brasileiras “são ridículas” e que não haveria prisão, no Brasil, capaz de segurá-los. Somente a prisão Colônia 6 Russa, conhecida como Black Dolphin, seria capaz de detê-los.

A prisão, localizada na fronteira com o Cazaquistão, é conhecida por abrigar presos condenados à prisão perpétua e pelo rigor no tratamento dos detentos.


Fonte: g1.globo.com

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