ECONOMIA

Confiança do empresário de SP nas vendas cai 3,12% em janeiro

Confiança do empresário de SP nas vendas cai 3,12% em janeiro

A piora nas vendas foi o principal fator para o resultado

A piora nas vendas foi o principal fator para o resultado

Publicada há 3 anos

Confiança do Empresário do Comércio cai 2,2% em janeiro, diz CNC – Money  Times

O Índice Momento Atual apresentou queda de 8,29%, na comparação com o mês dezembro - Foto: Reprodução

Da Redação

O IFECAP, pesquisa realizada por telefone com empresários do comércio do Estado de São Paulo mensalmente pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), apontou queda de 3,12% para o mês de janeiro, em comparação com dezembro de 2020.

O Índice Geral registrou 111,18 pontos, na série sem ajuste sazonal. Em relação janeiro de 2020, o indicador se encontra 14,93% abaixo do registrado naquele mês.

O Índice Geral diz respeito às respostas dos empresários sobre as suas encomendas atuais e futuras, realizadas junto a fornecedores; a evolução das vendas no período atual e futuro; e a avaliação da situação geral dos negócios.

O Índice Momento Atual apresentou queda de 8,29%, na comparação com o mês dezembro, registrando 99,77 pontos. Essa é a primeira vez, desde agosto de 2020 (quando o indicador foi de 96,15 pontos), que o número se encontra abaixo dos 100, o que indica pessimismo.

A queda foi influenciada principalmente pelas vendas, 16,35% abaixo do verificado em dezembro de 2020. As encomendas e situação geral dos negócios também registraram quedas de 2,40% e 5,50%, respectivamente, quando comparado com o mês anterior.

O período de janeiro é considerado pelos comerciantes como um mês fraco para as vendas, devido ao período de férias e contas de início de ano (IPTU, IPVA, matrícula e material escolar, entre outras). Contudo, esse não é o único motivo para a queda intensiva do índice.

Quando a coleta do IFECAP iniciou em 11/01, as regiões de Presidente Prudente, Marília, Sorocaba e Registro eram as únicas na fase laranja (e o restante do estado de SP permanecia na fase amarela do Plano SP). Contudo, surgiram mudanças das regras de reclassificação e funcionamento de cada fase, sendo o destaque um novo limite de 10 horas (eram 12 horas) de funcionamento de comércios e serviços.

No dia 15/01, uma nova reclassificação: Marília passa para a fase vermelha, a mais restritiva, e Araçatuba, Bauru, Franca, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté foram classificadas na fase laranja - estas 10 cidades do estado, que se encontram na fase laranja, representam 31% da população paulista.

Além disso, decretos municipais impondo novas restrições também foram realizados, como no caso da Prefeitura de São José dos Campos, que anunciou em 15/01 a adoção das regras da fase vermelha do Plano SP - a medida gerou protestos em 19/01, penúltimo dia da coleta de dados do IFECAP junto a comerciantes da cidade.

Os impactos dos itens descritos acima podem ser visualizados ao analisarmos os resultados do IFECAP por região. Notamos que o interior recuou 7,95%, em relação ao mês anterior, diferentemente da capital que expandiu os resultados em 9,70%. Aliás, entre os dias 23 e 31 de janeiro, em comemoração ao aniversário da cidade, ocorrerá a segunda edição do Sampa Week, que contará com a participação de 20 mil lojas, de acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O evento poderá impactar positivamente os resultados das vendas, encomendas e situação geral dos negócios dos comerciantes da capital paulista.

O Índice Momento Atual diz respeito às respostas dos empresários sobre as suas encomendas atuais, realizadas junto a seus fornecedores, a evolução das vendas no período atual e a avaliação da situação geral dos negócios.

Os resultados do Índice Futuro, que registra as expectativas para os próximos três meses, apresentou alta na comparação com o mês anterior (3,70%), registrando 128,29 pontos. Quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, o valor ainda se encontra 15,20% abaixo. Os resultados do Índice Futuro se devem, principalmente, às expectativas de encomendas para os próximos três meses, com alta de 4,26% (125,51 pontos), quando comparamos com o mês anterior.

As expectativas de vendas futuras tiveram uma alta de 3,17%, alçando 131,08 pontos, apesar do aumento de casos e mortes por COVID-19 e a incerteza do plano de flexibilização das atividades econômicas (que irá passar por uma nova reclassificação em 22/01, a terceira em 15 dias).

A principal influência para a melhora nas expectativas se deve ao início do plano de imunização nacional, mediante aprovação do uso emergencial, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), das vacinas Coronavac (produzida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac) e AstraZeneca (desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fiocruz).

O Índice Futuro é calculado com base nas expectativas dos empresários em relação às suas vendas e encomendas em um horizonte temporal de 3 meses.

Índice FECAP de Expectativa nos Negócios

Composto pela compilação de informações sobre as empresas do comércio varejista do Estado de São Paulo, o IFECAP considera o desempenho atual das vendas a clientes e das encomendas a fornecedores, bem como a avaliação geral da situação atual do negócio. O índice avalia ainda informações sobre as expectativas dos empresários quanto às vendas e encomendas para os próximos três meses.

O IFECAP - Índice FECAP de Expectativa nos Negócios consiste em um indicador baseado em metodologia largamente utilizada por diversos países. Há mais de 12 anos, a FECAP coleta dados e calcula mensalmente o índice, que avalia a situação atual das empresas do comércio varejista, com informações sobre o desempenho atual das vendas e das encomendas.

A escolha do comércio varejista como universo da pesquisa se deve ao fato de ser esse setor o elo entre a indústria em geral e o consumidor final, uma vez que grande parte da produção de todos os setores da economia acaba circulando de alguma forma pelas empresas do comércio. Seu principal uso refere-se à previsão do nível de atividade da economia, isto porque o índice procura avaliar a expectativa real dos empresários em relação às variáveis chaves, como encomenda a fornecedores e venda ao consumidor final, ou seja, a antecipação do comportamento da produção e renda.

O IFECAP é composto pela compilação de informações sobre o desempenho atual das vendas e das encomendas, bem como a avaliação sobre a situação atual das empresas do comércio varejista. Consideram-se ainda informações sobre a expectativa dos empresários quanto ao desempenho das vendas e das encomendas para os próximos três meses.

Metodologia

A metodologia do IFECAP considera um conjunto de perguntas qualitativas referidas às expectativas do empresário. São pesquisadas diversas empresas do comércio varejista nas cidades de São Paulo.

A pesquisa é sempre realizada na semana do dia 15 do mês corrente, composta por questões qualitativas, que captam a percepção do empresário em relação ao desempenho de sua empresa, classificadas em microempresas, pequenas, médias e grandes empresas.

CONFIRA A PESQUISA COMPLETA AQUI: https://www.fecap.br/pesquisa-iff-ifecap/



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