Minutinho
Eu me coloquei no seu lugar
Por: Autoria desconhecida
Coloquei-me em seu lugar...
Não na hora que lhe deram o primeiro, dos incontáveis açoites que viriam a seguir.
Nem na hora que lhe colocaram a coroa de espinhos; nem na hora que o fizeram carregar, morro acima, a pesada cruz.
Nem na hora que você tombou ao peso dela; nem na hora em que cravos imensos atravessaram seus pulsos e seus pés.
Nem na hora que lhe deram vinagre, quando implorou água; nem nas tormentosas horas que precederam a sua morte, cujo sofrimento, todas as palavras do mundo não poderiam descrever.
Era a consumação e você sabia que a libertação estava próxima. Sabia também que estava levando consigo todos os pecados dos homens, conforme orientação de seu Pai. Eu me coloquei no seu lugar durante a sua vida.
A sua força para fazer-se entender por corações endurecidos e ignorantes. A sua imensa solidão por ter tanto a ensinar e tão poucos ouvidos para compreendê-lo.
O trazer ao mundo toda a Luz e, ainda assim, ser invisível para tantos.
O poder ler os pensamentos dos homens e ver que, mesmo diante de todas as provas e de todos os milagres, duvidavam e engendravam formas de liquidá-lo covardemente.
Sua sagrada hora no horto, quando anteviu tudo que adviria e, estando dentro de um corpo humano, sentiu medo. Tanto medo, a ponto de suar sangue e rogar a Seu Pai que, se possível, o livrasse daquele cálice, mas que se fizesse a vontade Dele e não a Sua.
Jesus! Você esteve sempre imensamente só, porque até os que o amavam desertaram na hora da sua extrema paixão.
E hoje, passados mais de dois mil anos, quantos ainda o negam?
CRÔNICA
Viagem além do corpo
Por: Márlio Lamha
“Eu já tinha levado uma anestesia geral, já estava inconsciente quando me senti dentro de um túnel muito escuro. Só lá no fundo é que eu conseguia enxergar uma luz branca, muito pequena, e que ia aumentando de tamanho conforme eu caminhava”, recorda.
Durante essa sua jornada, Otto sentia a presença de outro alguém, que caminhava ao seu lado pelo túnel. Mas ele jamais conseguiu identificar quem era essa pessoa que lhe fazia companhia.
“Nós andávamos juntos, mas eu não conseguia ver seu rosto, nem saber se era homem ou mulher. Sei que era guiado por ele nesse túnel. Então, quando chegamos bem perto da luz branca e veio a claridade total, essa pessoa indefinida me levou até Deus”, remonta.
Foi nessa hora que Otto se viu em um momento decisivo.
“Quando vi Deus, disse a Ele que ainda não era hora de partir. Falei que eu tinha muita coisa pra fazer aqui e pedi para continuar vivendo. Acho que foi nessa hora que acabei voltando, sem que Deus me respondesse nada”, conta.
Durante as 30 horas de coma, os médicos tentaram de tudo para reanimar Otto, sem obter êxito. Foi quando o médico disse à esposa de Otto que já não havia mais nada a fazer. A única alternativa estava na retirada dos aparelhos que o mantinham em estado vegetativo. Assim, existiriam duas consequências possíveis: ou Otto reagiria a esse impacto, voltando à vida ou, caso não apresentasse reação, faleceria. A esposa, familiares e a equipe médica assumiram o risco; desligaram os aparelhos e Otto renasceu.
Hoje, aos 58 anos, o professor e membro da diretoria de um importante colégio em São Paulo, sabe exatamente o que lhe fez pedir para Deus que permanecesse entre nós.
“Naquela época, meus filhos eram pequenos; o mais novo tinha três anos, o do meio seis e o mais velho tinha nove. Era só neles que eu pensava. Foi por eles que pedi a Deus pra me deixar ficar”, emociona-se. Prova de que quando se tem uma missão na Terra, tudo é possível para que ela se realize.
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