CAGED

Fernandópolis termina o ano com saldo positivo na geração de empregos; microrregião tem queda

Fernandópolis termina o ano com saldo positivo na geração de empregos; microrregião tem queda

Saldo na microrregião foi negativo; Votuporanga se destaca na região

Saldo na microrregião foi negativo; Votuporanga se destaca na região

Publicada há 3 anos

Gustavo Jesus

A sequência de meses com alta na geração de empregos com carteira assinada em Fernandópolis foi interrompida nos últimos dois meses do ano.

Segundo os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em dezembro foram admitidos 405 trabalhadores e houve o desligamento de outros 476, gerando um saldo negativo de 71. Depois do ajuste dos dados, novembro também apareceu com menos 6 vagas de emprego.

Após o pior momento do ano, devido à pandemia do novo coronavírus, quando entre abril e junho, meses onde houve o fechamento de empresas de diversos segmentos e a interrupção de suas atividades, Fernandópolis perdeu 791 postos de trabalho com carteira assinada, o município vinha em plena recuperação do emprego.

O saldo positivo mês a mês retornou em julho – antes houve crescimento em fevereiro e março -, quando 65 empregos foram criados. Em agosto e setembro 96 novas vagas haviam sido abertas. Entre outubro e novembro o saldo foi de 189 empregos com carteira assinada - 195 criados em outubro e menos seis no mês seguinte.

Nos 12 meses do ano Fernandópolis teve 6.249 admissões e 6.166 desligamentos, resultando num saldo de 83 novos empregos com carteira assinada. O município tem, excluindo profissionais como funcionários públicos e autônomos, que não entram no levantamento, 15.585 trabalhadores formais.

COMPARATIVO

O destaque entre as grandes cidades da região ficou com Votuporanga. Por lá, o saldo positivo foi de 828 vagas, com 11.043 admissões e 10.575 demissões. A variação ficou em 3,13%, totalizando 27.278 trabalhadores com carteira assinada.

Além de Fernandópolis e Votuporanga, apenas Jales apresentou números positivos na geração de empregos entre as grandes cidades da região, com saldo de 224 vagas. Foram 3.125 admissões e 2.091 demissões e variação positiva de 2,15%. O município emprega 10.641 trabalhadores formais.

Santa Fé do Sul oscilou negativamente, perdendo 308 postos de trabalho, com a maior variação negativa entre os municípios de maior porte da região (-6,35%), contando com um estoque de 6.718 vagas. Rio Preto também sentiu o baque da pandemia e perdeu neste ano 948 empregos formais, com variação negativa de 0,69% e 135.992 trabalhadores com carteira assinada.

MICRORREGIÃO

Turmalina teve a maior variação positiva na área correspondente à microrregião de Fernandópolis e Valentim Gentil, municípios de abrangência de O Extra.net. O saldo de oito empregos rendeu 7,27% de oscilação positiva. Pedranópolis teve a segunda melhor marca, com 11 novos empregos e variação de 6,92%.

Valentim Gentil foi destaque tanto em números absolutos e proporcionais. Foram 2 mil contratações e 1.841 demissões que geraram um saldo positivo de 159 empregos com carteira assinada e variação positiva de 6.04%.

Ouroeste também teve crescimento na quantidade de pessoas com carteira assinada. Foram 121 contratações de saldo (1.237 e 1.116 contratações e demissões), com oscilação positiva de 5,92%. Meridiano (68 vagas e variação de 3,71%) foi outro município com variação para cima.

Os municípios que oscilaram negativamente foram: Macedônia (-21 vagas e variação negativa de 7,47%), Indiaporã (-16 vagas e variação de - 5,28%), Mira Estrela (-6 vagas e variação de -2,49%), Guarani d'Oeste (-6 vagas e variação de -3,97%), Populina (-4 vagas e variação de -1,63%), Estrela d'Oeste (-159 vagas e variação de -4,99%) e Duas Pontes (-4 vagas e variação de -4,3%).

BRASIL

O Brasil fechou o ano de 2020 com a geração de 142.690 postos de trabalho. De acordo com dados do Caged, de janeiro a dezembro do ano passado, foram 15.166.221 admissões e de 15.023.531 desligamentos. O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 38.952.313 vínculos, o que representa uma variação de 0,37% em relação ao estoque de referência, de 1º de janeiro de 2020.

Após cinco meses de saldo positivo, em dezembro, o número de demissões superou o de contratações no Brasil, com o fechamento de 67.906 postos de trabalho. Segundo o Ministério da Economia, dezembro é um mês “de ressaca” no mercado e essas perdas são comuns.


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