INVESTIGAÇÃO
Polícia apura desenterro irregular de corpo na região
Polícia apura desenterro irregular de corpo na região
Duas pessoas que diziam ser do Poder Judiciário forçaram o coveiro a abrir a sepultura
Duas pessoas que diziam ser do Poder Judiciário forçaram o coveiro a abrir a sepultura
Da Redação/Diário da Região
A Delegacia de Polícia Civil de Palmares Paulista abriu inquérito para investigar o desenterro irregular de um corpo no cemitério da cidade. Um homem e uma mulher que diziam ser do Poder Judiciário obrigaram o coveiro a abrir a sepultura do empresário Tiago Trancoso, 39 anos, que tinha acabado de ser enterrado, e ainda fizeram o funcionário apertar a bochecha do morto.
Tiago morreu no dia 3 de fevereiro, no Camboriú, Santa Catarina. O caso é registrado como suicídio pela polícia local. O corpo foi transladado para Catanduva, onde foi preparado em uma funerária para ser sepultado no dia 6 de fevereiro, no cemitério Euclides Rocha, em Palmares Paulista.
Registrado na delegacia da cidade como vilipêndio a cadáver, o caso ocorreu às 11h do último sábado, 6. O sepultamento tinha ocorrido horas antes. O coveiro foi procurado pelo homem e pela mulher, que chegaram em dois carros, o homem em um veículo branco e a mulher em um vermelho.
O homem se apresentou ao coveiro como funcionário da Justiça, dizendo que a cova de Tiago deveria ser reaberta para conferir se não tinha sido enterrado um boneco no lugar do corpo.
Após abrir o caixão, o homem teria ordenado que o coveiro apertasse a bochecha do empresário. Depois tirou uma série de fotos pelo celular. Durante tudo isso, a mulher teria chutado vasos de flores de decoração de túmulos próximos e proferido palavrões. Logo em seguida, os dois foram embora em seus carros.
Depois de relatar o caso para a coordenação do cemitério, dois dias depois, o coveiro foi orientado pela Prefeitura de Palmares a registrar um boletim de ocorrência.
A chefe de gabinete da prefeitura de Palmares Paulista, Lucelene Garcia, afirma que a orientação foi levar o caso até a polícia, porque não foi encontrada nenhuma ordem judicial com a determinação de reabertura da cova.
A polícia abriu inquérito, mas o delegado não foi encontrado para comentar as investigações. O caso ainda é um mistério para os moradores de Palmares.
Fonte: www.diariodaregiao.com.br