RIO DE JANEIRO

Policial morto em operação no RJ tinha 8 anos de corporação e deixa mãe de cama, vítima de AVC

Policial morto em operação no RJ tinha 8 anos de corporação e deixa mãe de cama, vítima de AVC

André Frias, de 48 anos, foi atingido na cabeça por um disparo de fuzil

André Frias, de 48 anos, foi atingido na cabeça por um disparo de fuzil

Publicada há 3 anos

Policial civil André Frias, morto na operação desta manhã de quinta-feira (6), no Jacarezinho, Zona Norte do Rio — Foto: ReproduçãoPolicial civil André Frias, morto na operação desta manhã de quinta-feira, 6, no Jacarezinho, Zona Norte do Rio - Foto: Reprodução

Da Redação/G1

O policial civil André Leonardo de Mello Frias, de 48 anos, será enterrado na tarde desta sexta-feira (7). Baleado durante operação no Jacarezinho, na quinta (6), ele estava casado desde 2018 com uma policial civil e tinha um enteado de 10 anos.

O policial também era responsável pelo sustento da mãe que sofreu um AVC há três anos e vive sobre uma cama.

Entre várias operações, Frias participou da apreensão de 60 fuzis no Galeão, em 2017.

O agente foi atingido por um tiro na cabeça pouco depois das 6h, quando começou a operação. Ele tinha acabado de descer do Caveirão, o veículo blindado da Polícia Civil.

Às 6h30, o policial chegava para ser atendido no Hospital Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos. O agente foi uma das 25 pessoas que morreram na operação desta quinta-feira (6), na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. De acordo com a polícia, 24 eram traficantes.

A decisão de descer do Caveirão e seguir a pé pela favela aconteceu após a equipe que estava no interior do veículo se deparar com barreiras colocadas por traficantes no meio da rua.

Seis policiais desceram do veículo e entraram na comunidade do Jacarezinho a pé. André Frias era um dos últimos da fila de agentes. A partir do momento em que deixaram o Caveirão, a equipe começou a ser alvo dos disparos.

Segundo a polícia, havia uma espécie de casamata, feita de concreto com um buraco para que o criminoso coloque o fuzil e realize os disparos. Foi de lá que partiu o tiro que atingiu o policial.

Dois policiais já estavam abrigados e um terceiro ferido no braço quando um disparo bateu no chão, ricocheteou e atingiu a cabeça de André Frias que estava agachado.

“Se tivéssemos o helicóptero, com câmera e todo o suporte, talvez o policial não tivesse morrido. Talvez tivéssemos menos mortos. Porque ele protege a todo. O helicóptero diminui confronto. Com o helicóptero há menos letalidade”, disse Ronaldo Oliveira, assessor especial da Secretaria de Polícia Civil.


Fonte: g1.globo.com

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