CPI DA COVID

Pfizer abriu diálogo em maio, e Brasil ignorou 3 ofertas de vacinas

Pfizer abriu diálogo em maio, e Brasil ignorou 3 ofertas de vacinas

País podia ter recebido 16,5 milhões de doses a mais do que já recebeu, cerca de 2 milhões

País podia ter recebido 16,5 milhões de doses a mais do que já recebeu, cerca de 2 milhões

Publicada há 3 anos

Carlos Murillo, gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Da Redação

O CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, informou nesta quinta-feira, 13, à CPI da Covid que o governo brasileiro ignorou três ofertas para aquisição de vacinas em agosto do ano passado, três meses depois que as negociações começaram. 

Se um dos acordos tivesse sido fechado, segundo estimativa do depoente, o país teria recebido até o segundo trimestre de 2021 cerca de 18,5 milhões de doses. As primeiras remessas teriam chegado em dezembro do ano passado, de acordo com o cronograma inicial.

Com os entraves impostos pelo Ministério da Saúde, o acordo só foi concretizado em março deste ano. O desfecho ocorreu sob críticas ao trabalho do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

Até o momento, o Brasil recebeu pouco mais de 2 milhões de doses de vacinas da Pfizer. Há mais 100 milhões que já foram compradas, mas só começarão a chegar ao país em setembro. 

Murillo também confirmou que, enquanto o governo ignorava as ofertas, a farmacêutica enviou uma carta endereçada a Bolsonaro e ministros de estado com o objetivo de pedir mais rapidez nas negociações e se colocar à disposição. Esse documento ficou dois meses parado, sem resposta, segundo informou na quarta (12), o ex-secretário de comunicação do governo, Fábio Wajngarten, também em depoimento à CPI. As primeiras reuniões sobre a possível vacina começaram no mês de maio de 2020.


Fonte: Portal UOL de Notícias

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