82 ANOS

Idosos contam histórias e falam do crescimento de Fernandópolis

Idosos contam histórias e falam do crescimento de Fernandópolis

Em comemoração ao aniversário da cidade, O Extra.net publica reportagens que mostram o ponto de vista de várias faixas etárias sobre o município

Em comemoração ao aniversário da cidade, O Extra.net publica reportagens que mostram o ponto de vista de várias faixas etárias sobre o município

Publicada há 3 anos

Breno Guarnieri

Na semana em que Fernandópolis completa 82 anos, a reportagem de O Extra.net conversou com três idosos que acompanharam o crescimento da cidade. Eles contaram histórias e falaram de visões futuras.

Nelson Guimarães, de 72 anos, não nasceu em Fernandópolis, mas mora no município desde os 22 anos, vindo de Bauru (SP). “Fernandopolense de coração”, Nelson morou em vários bairros da cidade, Brasilândia, Planalto, Higienópolis, entre outros. Ele se recorda de como a área era na época e de como é atualmente.

“Tudo era muito difícil. Quando cheguei em Fernandópolis com meus pais e três irmãos tivemos sérias dificuldades. Não chegamos a passar fome, mas as coisas, no começo, eram muito difíceis de conquistar. Trabalhamos na roça. Todos da família, sem exceção e diante de empenho e dedicação fomos conquistando o futuro. Hoje, olho para trás e sinto orgulho do que construí com a minha família”, relata Nelson, pai de duas filhas e avô de três netos.

Primeiros comércios

Manoel Soares de Freitas, 69 anos, destaca que trabalhou nos primeiros comércios da cidade. O idoso lembra que os pais conseguiram abrir o próprio comercio depois de muita luta, contribuindo para o crescimento e geração de emprego. “Nós tínhamos um pequeno comércio bem próximo à Praça da Matriz. Hoje o prédio nem existe mais. Ficaram somente as memórias e as história. Era muito gostoso trabalhar no comércio há 50 anos. A comunidade era mais unidade e todos cuidavam de todos. Uma outra realidade. Espero que essa época (positiva) possa voltar um dia”, diz Manoel.

Mineiro

Elizeu Rodrigues, 75 anos, saiu com a família do estado de Minas Gerais para Fernandópolis aos 19 anos em busca de trabalho e condições melhores de vida. Sem formação, na época, o então jovem começou a trabalhar como servente de pedreiro. “Eram poucas informações que tínhamos na época, mas o que sabíamos é que aqui seria uma região próspera e acertamos em cheio. Meus pais foram felizes aqui, eu fui, aliás, ainda estou sendo e meus filhos também. Vejo um excelente futuro para eles. Espero que eles (filhos) possam envelhecer com as suas famílias por aqui também”, salienta Elizeu, pai de Rodrigo e Silvio Rodrigues.  

Fernandópolis na década de 60. Foto: Página - Fernandópolis - No Túnel do Tempo

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