Noite dessas, em plena madrugada, tive o prazer de rever o filme ‘Jerry Maguire – A grande virada’, numa dessas sessões vespertinas da TV paga. A película completou duas décadas este ano, mas continua atraente e atemporal. Estrelada por Tom Cruise (ganhou o Globo de Ouro por este trabalho), Cuba Gooding Jr. (levou o Oscar de ator coadjuvante) e Renée Zellweger, a trama é muito bem montada e desenvolvida. Num ritmo gostoso, mostra a grande virada que cada um imprime em suas vidas, conectadas através de uma agência de marketing esportivo. Cruise, na pele de um agente esportivo que, em meio a uma crise existencial, perde o emprego e quase todos os clientes, encara o desafio de montar o próprio negócio. Cuba, por sua vez, é uma ‘promessa’ num time local da Liga Nacional de Futebol Americano. Considerado baixo para a posição em que joga, tem que se empenhar ao máximo para alcança o ‘Kwan’ (termo criado por ele para descrever o sucesso, propriamente dito) e é o único cliente de Cruise que acredita nessa virada. Zellweger era secretária na antiga agência em que Cruise trabalhava e decide largar o emprego para seguir o chefe em sua nova empreitada. Na verdade, a admiração dela vai além do vínculo trabalhista, tendo no chefe, a sua grande aposta para virar o lado sentimental e, a química entre os dois realmente funciona. Fora toda essa trama, o então pequenino Jonathan Lipnicki (de o pequeno Stuart Little) rouba a cena diversas vezes com seu talento nato. Sinopses à parte, ‘Jerry Maguire’ é um daqueles filmes que não poderia faltar em qualquer curso motivacional, pois retrata de forma terna e emocional personagens muito humanos, próximos de nossa realidade, sem exageros ou estereótipos clichês, tão comuns em produções hollywoodianas. A busca por mudança é inerente à natureza humana e está presente em nossas vidas quase que na maioria do tempo. Atrelada sempre à tão sonhada felicidade, a mudança, neste conceito, torna-se salutar, onde, alcançar um objetivo ou fazer dele seu projeto de vida impulsiona-nos sempre à frente. Einstein certa vez disse: ‘A vida é como andar de bicicleta, para manter o equilíbrio é preciso estar em movimento. ’, na verdade, o gênio quis dizer que a própria vida é movimento. Se pararmos, se ficarmos estagnados em nossa zona de conforto sempre, a vida lá fora passará, e, numa velocidade incrível, pode ter certeza. Nessa busca por mudanças, melhorias ou mesmo a felicidade, cabe a nós continuar caminhando, sozinhos ou acompanhados, o importante é não parar. Se servir de exemplo, em minhas andanças aprendi a levantar a cabeça e olhar sempre à frente, no horizonte. Assim, o que vem na paisagem torna-se bônus! O Amanhecer, pores do sol, brisa no rosto, estrelas e até tempestades são bem coloridas, basta que olhemos pra vida com as lentes certas, enquanto buscamos o tão esperado ‘Kwan’.