ASSASSINATO

Professora assassinada havia instalado câmaras de segurança após fim do relacionamento com o assassino

Professora assassinada havia instalado câmaras de segurança após fim do relacionamento com o assassino

Adriana Mistilides Silva foi assassinada na manhã desta segunda-feira, 09

Adriana Mistilides Silva foi assassinada na manhã desta segunda-feira, 09

Publicada há 2 anos

Para a polícia, tudo indica que se trata de um feminicídio seguido de suicídio - Foto: Reprodução

Da Redação/Jales Notícias

O homem que matou a professora aposentada Adriana Mistilides Silva, 56 anos, no fim da manhã desta segunda-feira, 9 de agosto, estava com munição sobressalente e recarregou a arma depois de disparar todo os projéteis na direção dela.

A informação é do delegado Sebastião Biazi, que coordena a investigação do caso. Adriana era irmã da ex-prefeita Nice Mistilides Silva, e tinha terminado um relacionamento com o seu algoz cerca de um mês atrás. “Pela cena do crime, [deduzimos que] ele chegou ali armado com um revólver calibre 38 fez então o primeiro disparo nela, só que acertou o braço e ela tentou sair correndo, só que levou um segundo disparo pelas costas, que transfixou inclusive, aí ela estava na porta da sala já para ir saindo para a área da frente, quando levou um terceiro disparo, que dessa vez atingiu a cabeça. Foram vários disparos porque nós encontramos dentro da casa projéteis deflagrados e projetos e intactos, então [concluímos que] ele recarregou a arma”, disse em entrevista.

Em seguida, Alexandre Diamantino, 48 anos, um funcionário público do Poder Judiciário do Estado do Mato Grosso do Sul, foi até um dos quartos, colocou o mesmo revólver na sua boca e disparou de baixo para cima, tirando a própria vida. 

Para a polícia, tudo indica que se trata de um feminicídio seguido de suicídio, crime que até bem pouco tempo era chamado de crime passional. Ambos mantiveram um relacionamento amoroso que terminou há cerca de um mês. Alexandre não teria se conformado com o término e estaria ameaçando Adriana. A informação ainda será investigada. Uma testemunha contou que os dois foram vistos conversando amistosa no portão da casa e a própria professora teria franqueado a entrada do ex à sua casa. 

O crime descoberto por entregadores de uma loja de Fernandópolis, que traziam materiais de construção e viram o corpo da professora caída na porta da casa. 

“Ao chegar à residência dela, eles viram ela caída entre na porta da sala, com a cabeça para o lado de dentro da casa de e o restante do corpo e as pernas pro lado de fora. Foi quando acionaram a polícia militar que esteve rapidamente no local”. Foi a PM quem entrou na casa e encontrou o corpo do assassino. 

“Realmente é uma fatalidade, mais um feminicídio registrado, né, e nesse caso o autor acabou tirando a sua própria vida. A investigação está a cargo da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) que vai continuar ouvindo as pessoas e colhendo informações e provas materiais, mas a princípio a linha é de feminicídio”, disse ao site Correio Santa Fé.

O crime aconteceu na casa da professora, na Rua dos Bandeirantes, Jardim Europa, próximo a Fatec, por volta de 11 horas. Alexandre não tinha passagens pela polícia e além de servidor da Justiça, era advogado. 

Pessoas próximas o descrevem como muito inteligente, mas a polícia apura as informações de que ele teria feito ameaças à vítima, que por medo teria mandado instalar câmeras de monitoramento na casa. 

Adriana tinha três filhos, era irmã da ex-prefeita Eunice Mistilides Silva, e Alexandre era meio-irmão da vereadora Andréa Moreto Gonçalves.

Fonte: https://www.jalesnoticias.com/

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