MINUTINHO
Deus é Deus de amor
Por: São Francisco de Assis
Deus é Deus de amor que transforma a semente em árvore, em fruto que alimenta a vida, e, por vezes, o luto!.. Deus é Deus de amor que muda o ninho dos pensamentos em ninho de luz; que muda as idéias em ação que nos conduz, ou deixa que nós caiamos, para compreender Jesus.
Deus é Deus de amor que nos deu os pés, para que haja caminhada, nos ofertou as mãos, para dar trabalho à enxada; mas, se ferirmos o companheiro, erramos a estrada.
Deus é deus de amor que nos deu a cabeça para pensar, que nos premiou com o coração para amar; quem aceita o ódio, não pode cantar.
Deus é Deus de Amor que tudo fez, sem usar o alarde, que tudo faz, mesmo que achemos tarde; que nunca diz: Sois covardes.
Deus é Deus de amor que nos deu o verbo e nos ensina a falar, que nos deu a boca e nos ensina a cantar: que nos deu o coração e nos ensina a amar.
O rei, o servo e os cães
Por: Clarius / Adaptação de conto popular
Ele era o último rei de sua dinastia. Não tinha sucessores. Poderoso e implacável, tinha dez cães selvagens que costumeiramente usava para torturar e comer publicamente qualquer um dos seus servos que cometesse um erro, por menor que fosse.
Um dos servos disse algo errado e o rei já não gostava dele. Então ele ordenou que o jogassem aos cães, certo que a uma morte cruel e dolorosa o aguardava.
Porém o servo disse:
- Eu o servi fielmente por dez anos, e você faz isso comigo? Por favor, então me dê ao menos dez dias antes de me jogar aos cães?
E o rei, crente que nada poderia mudar nesse período, lhe concedeu o benefício.
Imediatamente o servo foi até o guarda que cuidava dos cães e disse que gostaria de servi-los durante os próximos dez dias. O guarda estava confuso, mas concordou. Durante todo esse tempo, o servo foi dedicado. Alimentou os cães, limpou-lhes, e deu-lhes banhos.
Expirado o prazo, o rei ordenou que buscassem o condenado e que este fosse jogado aos cães para cumprir a punição.
Quando foi lançado, todo mundo ficou surpreso ao ver os temidos e vorazes cães selvagens apenas lamberem os pés do servo.
O rei, perplexo com o que estava vendo, disse:
- O que aconteceu com meus cães? Não servem mais para nada? Nem para punir um infiel?
O servo, calmo, então respondeu:
- Eu servi os cães por apenas dez dias e eles não esqueceram os meus serviços, no entanto, eu o servi por dez anos e você se esqueceu de tudo, no meu primeiro erro.
O rei, abalado, percebeu seu erro e ordenou que o servo fosse salvo.