Gandhi e o viajante

Gandhi e o viajante

Louvores, cânticos e músicas, muitas vezes, de nada servem!

Louvores, cânticos e músicas, muitas vezes, de nada servem!

Publicada há 3 anos

Minutinho

Em seu benefício

Por: André Luiz/Chico Xavier / Livro: Agenda Cristã

Não se agaste com o ignorante; certamente, não dispõe ele das oportunidades que iluminaram seu caminho.

Evite aborrecimentos com as pessoas fanatizadas; permanecem no cárcere do exclusivismo e merecem compaixão como qualquer prisioneiro.

Não se perturbe com o malcriado; o irmão intratável tem, na maioria das vezes, o fígado estragado e os nervos doentes.

Ampare o companheiro inseguro; talvez não possua o necessário, quando você detém excessos.

Não se zangue com o ingrato; provavelmente, é desorientado ou inexperiente.

Ajude ao que erra; seus pés pisam o mesmo chão e, se você tem possibilidades de corrigir, não tem o direito de censurar.

Desculpe o desertor; ele é fraco e mais tarde voltará à lição.

Auxilie o doente; agradeça ao Divino poder o equilíbrio que você está conservando.

Esqueça o acusador; ele não conhece o seu caso desde o princípio.

Perdoe ao mau; a vida se encarregará dele.

CRÔNICA

Gandhi e o viajante

Por: Conto popular

Conta-se que Gandhi, sempre que viajava de trem pela Índia, comprava passagem de terceira classe. Ali os passageiros, não cultivavam hábitos de higiene, nem de boas maneiras.

Certa ocasião, quando empreendia uma das suas viagens, ele chamou a atenção de um rapaz que viajava no mesmo vagão, porque de quando em quando ele cuspia no chão. Diante da advertência recebida, o moço respondeu indelicadamente e repetiu várias outras vezes o gesto. Gandhi então se calou.

Depois de um bom tempo de viagem, o rapaz pegou no seu violão, e começou a tocar e cantar músicas que exaltavam o grande líder e herói Gandhi.

Quando, finalmente, o trem parou na estação desejada, o líder espiritual se levantou preparando-se para descer. O jovem, que também ficaria ali, juntou suas coisas para sair. Na estação, ele percebeu que alguém de certa importância e grande respeito estaria chegando, porque havia uma enorme recepção organizada com músicas instrumentais, fogos de artifício e discurso. Parou para ver... Era Gandhi quem chegava!

Ele então se juntou à multidão para recepcionar o ídolo. 

Só quando avistou o homenageado, é que se deu conta que o passageiro a quem havia respondido de maneira tão descortês e insolente era exatamente aquele que havia enaltecido com tanta veemência através das suas canções. 

Ele não conhecia Gandhi, mas certamente entendeu que para ele de nada significou suas músicas e os seus cânticos.

Essa experiência pode muito bem ser aplicada em relação a Deus. Pois, muitos procuram apresentar-Lhe honra e louvor superficiais. Honram-Lhe com os lábios mas o coração, porém, está longe Dele.

“Os templos, as igrejas e centros espíritas estão lotados, mas poucos, muito poucos, compreendem e praticam o que se estuda e se ouve, enquanto fora dos círculos religiosos encontramos muitas almas que praticam a reforma íntima trabalhando anonimamente pelo bem e pela caridade.”

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