ARTIGO

SEJAMOS SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO

SEJAMOS SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO

Por Amilton Cesar Mendes da Silva

Por Amilton Cesar Mendes da Silva

Publicada há 3 anos

O Documento 105 da CNBB, “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade”, conclama a cada um de nós a sermos Sal da Terra e Luz do Mundo, num contexto de grandes mudanças, graças a enorme contribuição do Concílio Vaticano II que permite florear nossa caminhada de Igreja como povo de Deus.

A Exortação Apostólica “CHRISTIFIDELES LAICI”, já nos chamava a atenção para que os fiéis leigos e leigas ouvissem o chamado de Cristo para o trabalho na sua vinha, para tomar parte viva, consciente e responsável na missão da Igreja. Hoje a nova situação em que vivemos, ou seja, as mudanças sociais, econômicas, políticas, eclesiais, reclama a força dos leigos e leigas para as mudanças necessárias para uma promoção humana digna e capaz de renovar os corações endurecidos pela ação egoísta de pessoas incapazes de enxergar o valor real de cada filho e filha de Deus.                É preciso levar em consideração, diante de tantas mudanças, que cada um de nós leigos e leigas, não somos simplesmente trabalhadores da vinha do Senhor, somos parte dessa mesma vinha: “Eu sou a videira, vós os ramos”, diz o Senhor em Joao 15,5. (ChristifidelesLaici).

Diante disso, é preciso enfatizar a importância de cada um, leigo e leiga, na caminhada da Igreja, já enfatizado desde o Concílio Vaticano II, somos corresponsáveis na condução de nossas comunidades, de nossa Diocese, juntamente com o Bispo, com o Clero, não como mero tarefeiros, mas como parte da vinha que o Senhor nos propõe a cuidar, mas com um cuidado cheio de amor, de coragem, cumplicidade, sempre visando o crescimento espiritual de todos os sujeitos envolvidos nessa lida comunitária.

Pio XII, já dizia: « Os fiéis, e mais propriamente os leigos, encontram-se na linha mais avançada da vida da Igreja; para eles, a Igreja é o princípio vital da sociedade humana. Por isso, eles, e sobretudo eles, devem ter uma consciência, cada vez mais clara, não só de pertencerem à Igreja, mas de ser a Igreja, isto é, a comunidade dos fiéis sobre a terra sob a guia do Chefe comum, o Papa, e dos Bispos em comunhão com ele. Eles são a Igreja... ». (ChristifidelesLaici).

É preciso que reconheçamos o valor do trabalho de cada leigo e leiga, na Igreja e no mundo, uma vez que não encontramos uma realidade pronta, mas sim um dom que se faz compromisso permanente para toda a Igreja, em sua missão evangelizadora, sempre em comunhão com os demais membros. (Doc. 105).

Como discípulos de Jesus, somos chamados a viver o seguimento do Mestre na família, na comunhão eclesial, no trabalho profissional, na sociedade civil, na política, colaborando assim na construção de uma sociedade justa, solidária e pacífica, sendo assim sinal do Reino de Deus, em meio a tantas injustiças, porque é nesse mundo, o grande campo de ação em que podemos testemunhar o amor de Deus.

Diante disso somos chamados a vencer as tentações na missão que o mundo nos oferece, surgindo então a necessidade continua de renovação e conversão, que buscamos a partir da nossa assídua participação em nossas Comunidades e Paróquias, ajudando nas tomadas de decisões e planejando a caminhada com o discernimento necessário de cada sujeito eclesial, conhecendo e valorizando a cada leigo e leiga que se disponibiliza a arregaçar as mangas e sujar os pés de lama na missão evangelizadora da Igreja.

Celebrando o Dia Nacional do Leigo, sejamos Sal da Terra e Luz do Mundo, como nos pede o Mestre Jesus.

           

Amilton Cesar Mendes da Silva

Acadêmico de Teologia

Representante Leigo no Conselho Diocesano de Pastoral

Membro Equipe de Articulação do Conselho Diocesano de Leigos

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