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Hambúrguer de cavalo: eram vendidos 800 kg toda semana

Hambúrguer de cavalo: eram vendidos 800 kg toda semana

Segundo o Ministério Público, até carne estragada foi utilizada

Segundo o Ministério Público, até carne estragada foi utilizada

Publicada há 2 anos

Operação Hipo descobriu esquema de criação de cavalos para abate em substituição à carne bovina - Foto: Divulgação/Ministério Público do Rio Grande do Sul

Da Redação

Seis pessoas foram presas por participar do abate, processamento e venda de carne de cavalo e carne estragada para hamburguerias de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, segundo declaração de membros do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) nesta quinta-feira (18).

As investigações no âmbito da operação “Hipo” indicam a distribuição de 800 kg de carne por semana para estabelecimentos da região. O MPRS aponta ainda a possibilidade de que 60% das hamburguerias da cidade tenham comprado carne de cavalo ou estragada processada pelo frigorífico clandestino.

As perícias realizadas em duas hamburguerias de Caxias do Sul confirmaram a presença de DNA proveniente da carne de cavalo nos lanches dos estabelecimentos Mírus Hambúrguer e Natural Burguer. A compra da carne pelas referidas hamburguerias, sem a devida confirmação da procedência do alimento, também será apurada.

Há indícios sobre a utilização de carne estragada, que era lavada para tirar o odor e posteriormente misturada a outras na confecção dos hambúrgueres.

INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS

O MPRS iniciou a investigação há cerca de dois meses, deflagrada a partir de denúncias da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Caxias do Sul. Segundo o órgão, havia abate clandestino de cavalos e posterior trituração para venda em forma de carne moída na região de Caxias do Sul.

A Justiça do Rio Grande do Sul liberou a interceptação e análise de conversas telefônicas que permitiram ao Ministério Público chegar ao grupo.

O MPRS disse ainda que o grupo responsável pela venda de carne de cavalo aos estabelecimentos não possuía autorização para o abate e comercialização de nenhum tipo de carne e que o local onde o produto era processado apresentava péssimas condições de higiene.

Foram emitidos 15 mandados de prisão para participantes de toda a operação, da criação à comercialização, passando pelo abate e armazenamento da carne.


Fonte: CNN Brasil

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