GRUPO ABELHAS

Marmitas aos sábados: “Talvez seja o dia que melhor se alimentam”, diz fundadora

Marmitas aos sábados: “Talvez seja o dia que melhor se alimentam”, diz fundadora

As 100 refeições são distribuídas gratuitamente, por meio do projeto, às famílias em vulnerabilidade social em Fernandópolis

As 100 refeições são distribuídas gratuitamente, por meio do projeto, às famílias em vulnerabilidade social em Fernandópolis

Publicada há 2 anos

 Cristiane Alves, fundadora do Grupo Abelhas, projeto social desenvolvido em Fernandópolis 

Breno Guarnieri 

O Grupo Abelhas realiza um projeto social, que distribui 100 marmitas, aos sábados, às famílias em vulnerabilidade social, em Fernandópolis. A organização da iniciativa é composta por Natália Almeida, Claudia Fuzari e Cristiane Alves, moradoras do município, que sempre estiveram envolvidas em questões sociais. Atualmente, com o grupo, elas encabeçam uma produção/distribuição de 100 marmitas aos sábados. À reportagem de O Extra.net, Cristiane Alves, 35 anos, salientou que o grupo sentiu a necessidade de ajudar, ainda mais as pessoas, nesta fase conturbada que todos estão passando em razão da pandemia do novo coronavírus.

O EXTRA: Como surgiu a ideia do projeto Abelhas em Fernandópolis?

CRISTIANE: Surgiu em 2017, quando um grupo de amigos se reuniu para entregar “sacolinhas” no dia das crianças e caixas de bombom na Páscoa para crianças carentes em Fernandópolis. Desse grupo duas integrantes tiveram a ideia, em 2020, de começar a fazer marmitas para famílias carentes e distribuir aos finais de semana. 

O EXTRA: Qual o maior benefício da iniciativa na comunidade? 

CRISTIANE: Por mais que muitos não vejam, há muitas famílias em situação de vulnerabilidade social em nossa cidade e a doação das marmitas, por mais que seja apenas uma vez na semana, ajuda muito as pessoas. Caso tenhamos um fluxo maior de doações, poderíamos ajudar por mais dias e mais pessoas. 

O EXTRA: Como é feita a arrecadação dos alimentos e a confecção das marmitas? Desde o início do projeto quantas foram distribuídas? 

CRISTIANE: Fazemos pedidos de doações através das redes sociais. O projeto aceita PIX de qualquer valor e também entregas de alimentos feitas na minha casa (integrante e fundadora do grupo), porém, as doações de “mistura” e legumes são mais difíceis. As marmitas são confeccionadas em dois locais, um deles é na casa da Maria, que cede o espaço e um fogão industrial para que possamos preparar as marmitas, o outro espaço é na casa de uma integrante do grupo, dividimos em dois locais para ficar mais prático e rápido já que não temos um espaço ou sede própria. Desde o início do projeto já foram confeccionadas mais de 2 mil marmitas. 

O EXTRA: Há famílias, em Fernandópolis, que vivem situação de insegurança alimentar. A pandemia teve seu papel para agravar essa condição?

CRISTIANE: Antes da pandemia já se notava a necessidade de famílias em situação de vulnerabilidade. Durante a pandemia o número aumentou, pois a maioria paga aluguel, água, luz, muitas famílias com várias crianças e com um salário mínimo não é fácil bancar todas as despesas. A nossa marmita é doada somente no final de semana, talvez seja o dia que melhor se alimentam. Além da marmita estamos sempre tentando auxiliar com cestas básicas, mas como já disse as doações não estão sendo fáceis de conseguir. 

O EXTRA: Na experiência da pandemia vimos no município diversas ações de doações de alimentos a quem precisa. O que esse cenário revela para você?

CRISTIANE: Que ainda precisa de mais ajuda, pois o desemprego ainda está alto.

O EXTRA: Deseja encerrar com algum comentário?

CRISTIANE: Eu gostaria que os fernandopolenses nos ajudassem a continuar a confeccionar marmitas para essas pessoas, queremos continuar, mas dependemos de doações. Quem puder, por favor, nos chame pelos WhatsApp (17) 98823-9885 com Cristiane ou (17) 99650-7972 com Daiane. Deus abençoe a todos e que possamos continuar nessa caminhada. 

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