O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Humberto Martins, que no último dia 03 testou positivo para a Covid-19, apresentou uma decisão monocrática em atendimento a um pedido de Habeas Corpus autorizando a saída do empresário fernandopolense Walter Faria, comandante do Grupo Petrópolis, do território nacional.
Walter, alvo da Lava Jato, estava proibido de deixar o Brasil devido a medida cautelar prolatada em 2019, que, inclusive, obrigou-o a entregar o passaporte à Polícia Federal em Curitiba, isso após ficar foragido por cinco dias. Nesse caso, ele é acusado de utilizar uma conta internacional na Suíça para intermediar propinas de US$ 3,7 milhões em contratos de dois navios-sonda da Petrobrás.
Com a decisão de Martins, o empresário, há anos incluído no rol da Revista Forbes como um dos mais ricos do país, tem o direito de se ausentar internacionalmente reestabelecido, devendo apenas apresentar as passagens, com data de ida e volta, local de hospedagem e forma de comunicação.
Anteriormente, Vanuê Faria, seu sobrinho, envolvido no mesmo processo, teve idêntico direito reestabelecido, o que ajudou a fundamentar a decisão de revogação da restrição do tio.