Presidente da UNIESP, o engenheiro José Fernando Pinto da Costa, tem uma história de vida que mostra o quão à frente de seu tempo sempre esteve este empresário
Por Jorge Pontes
No que depender do otimismo do reitor da Universidade Brasil e presidente do Grupo Uniesp, o crescimento do campus de Fernandópolis automaticamente alavancará o desenvolvimento da cidade em virtude das várias novidades que ele anunciou na tarde de hoje, 9. Em sua primeira aparição oficial, desde que o Grupo UNIESP assumiu a gestão da então Unicastelo, o engenheiro, José Fernando Pinto da Costa, proprietário da UniBrasil se reuniu com lideranças políticas da cidade, professores e coordenadores do campus de Fernandópolis e demais autoridades onde anunciou um “pacotão de novidades” no que diz respeito às suas primeiras ações no campus.
Reconhecido como “visionário da educação”, Fernando Costa foi anunciado pelo coordenador geral do campus, Amauri Piratininga, que fez um paralelo histórico entre os nomes do reitor Fernando Costa e o do interventor Fernando Costa que findou as brigas entre a Vila Pereira e a Brasilândia, há 70 anos, para surgir a cidade de Fernandópolis.
Reitor falou por várias vezes em "fazer história" e ser referência internacional
Otimista, ele anunciou de imediato a ampliação de vagas para o curso de Medicina, afirmando que já no próximo dia 16, deve ser publicada a portaria para criação de 40 novas vagas. Segundo ele, até fevereiro o campus de Fernandópolis deverá contar com 200 novas vagas. “Em seis anos, serão mais 1.200 alunos morando em Fernandópolis e contribuindo com a cidade”.
Por várias vezes, Fernando Costa citou que “fará história em Fernandópolis” e que a Universidade Brasil será referência em todo mundo, com grande parcela de contribuição de Fernandópolis com os investimentos. Além de confirmar que saneará dívidas trabalhistas que ultrapassam os R$ 38 milhões, ele anunciou a implantação de um centro de pesquisas de energia renovável e uma usina fotovoltaica em Fernandópolis, que inclusive teve o contrato firmado nesta tarde com a empresa vencedora da licitação, de Jacareí. “Às vezes nós reclamamos do sol, xingamos ele, mas vamos transformá-lo em energia. Já vamos assinar o contrato hoje com o consórcio vencedor do edital de licitação para produzirmos 530k que manterá o campus de Fernandópolis e outras oito unidades na área da Elektro, de Rio Claro a Ilha Solteira. Até o início de março já estará pronta produzindo energia solar. Nossa intenção é também abastecer as Santas Casas de Fernandópolis e Jales. Tenho reunião com o ministro de Minas e Energia para fazermos a chamada geração compartilhada. Os gestores poderão gastar os cerca de R$ 35 mil de energia que gastam investindo na Saúde em geral”, contou ele.
Sociedade civil organizada fernandopolense se fez presente assim como prefeitos e vereadores da região
Além das novidades que afetam diretamente o desenvolvimento da cidade, Costa anunciou também que 18 novas salas além de um laboratório odontológico já estão sendo construídos no campus Fernandópolis, numa área de 7 mil m². “Já contratamos uma empresa de engenharia de Fernandópolis para prestigiar a cidade e já comprei equipamentos novos para montar o novo laboratório de atendimento à comunidade. Vamos trazer os cursos do Shopping para nosso campus e daqui a 10 anos não quero ver morador nenhum sem dente. Todos terão implante e quero ver todo mundo sorrindo. É mais um compromisso que estou fazendo com vocês”, disse ele em meio aos aplausos sequenciais que vinham a cada novidade anunciada.
Fora as melhorias estruturais, o reitor confirmou ainda a implantação do primeiro curso de mestrado em Medicina fora da capital paulista e da cidade de Campinas. “Esse investimento é muito importante para a parte de pesquisa da Saúde, formar médicos acadêmicos, professores com essa vocação universitária, especializados e em seguida que possam fazer um doutorado. Temos de ser excelência. Não podemos pensar em universidade apenas, senão pensar em strictu sensu. Temos três professores estrangeiros, dois de Londres e um italiano, um inclusive, prêmio Nobel. O pró-reitor me ligou hoje e confirmou que se não sair agora sai na semana que vem. Foi uma avaliação muito forte. É muita responsabilidade. Estamos pensando em nível internacional. Me sinto orgulhoso e tenho certeza que vocês também se sentem por serem filhos da terra”, afirmou o reitor.
Sobre o nome da universidade ele considerou uma boa “sacada”, uma vez que após a extinta Universidade Brasil se tornar a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), à época em que o Rio de Janeiro era capital brasileira e a Universidade de Brasília não ter herdado o nome ao passar a ser capital do Brasil. “Não sei como ninguém pensou em usar este novo. E é fundamental para o nosso projeto já que seremos referência no mundo todo”, apontou ele entusiasmado.
Apesar de não confirmar a vinda de novos cursos de imediato, Fernando Costa, garantiu que nos próximos quatro anos todos os cursos de graduação do campus Fernandópolis terão a nota 4 estipulada pelo MEC – a máxima é 5-, e que desses quatro anos em diante todos terão a excelência da nota 5 no Ministério da Educação.Ao tocar no assunto MEC, ele não deixou de externar sua indignação com o ex-ministro da pasta Aluísio Mercadante (PT) a quem chamou de “corrupto”.
Por fim, ele prometeu que investira no curso de Agronomia a fim de aproveitar a doação dos 60 alqueires provenientes do Grupo Arakaki para pesquisas e produção de alimentos que serão revertidos às instituições filantrópicas da cidade.
Antes de finalizar sua fala, a equipe do Programa Amaury Junior adentrou a sala de reunião para registrar o evento e ainda a colação de grau da 11ª turma de Medicina. “Pessoal está chegando aí para registrar a colação de grau que participo hoje e o Amaury é meu amigo e vai ajudar a divulgar nosso campus e nossas conquistas”, finalizou ele dizendo que estava naquele momento selando um compromisso com a comunidade fernandopolense.
O PRESIDENTE
Natural de Vera Cruz, pequena cidade o interior paulista, é o caçula do casal José Pinto da Costa e Cacilda Pagnani Costa. Ainda criança, mudou-se com a família para Dracena, outro município do Estado de São Paulo, e foi lá, já como adolescente, que começou a cultivar as ideias que norteariam sua vida. Foi também por lá que se tornou um dos destaques e bicampeão paulista pelo time de basquete local. Assim que concluiu o Curso de Engenharia Civil pela UNESP de Ilha Solteira/SP, deu início à sua vida profissional e chegou, até, a executar importantes obras, como o complexo do Banco Itaú, o Metrô e, durante três anos, uma barragem no Peru. Em 1988, casou-se com Cláudia Pereira (com quem tem dois filhos), mudou-se para Primavera/SP e seguiu sua carreira de engenheiro.
Após se aposentar pela CESP, decidiu buscar novos caminhos, participou do projeto “Educação Para Todos” e começou a colocar em prática o sonho de sua vida: levar a educação às classes mais humildes da sociedade.
