FEMINICÍDIO
Matou e ocultou o corpo: circunstâncias de uma condenação de 34 anos de prisão
Matou e ocultou o corpo: circunstâncias de uma condenação de 34 anos de prisão
Homem, de 33 anos, foi a júri popular nesta quinta-feira, em Fernandópolis
Homem, de 33 anos, foi a júri popular nesta quinta-feira, em Fernandópolis
B.L. foi encontrado, chorando, por policiais militares e confessou que tinha cometido o crime
Da Redação
B.L., de 33 anos, foi condenado a 34 anos e 9 meses de prisão em regime fechado por matar a companheira Aline Gonzales. O crime aconteceu no dia 7 de julho de 2020, na zona norte de Fernandópolis. O júri foi realizado das 14h às 19h30, no Fórum local, e contou com a presença de familiares da vítima.
De acordo com a decisão judicial, B.L. foi condenado por homicídio qualificado, por motivo fútil, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima, por ela ser mulher (feminicídio) e companheira dele e também por violência doméstica.
Informações do Ministério Público dão conta de que B.L. assassinou Aline Gonzales após recusa dela em dar dinheiro para que ele comprasse drogas.
Na época do crime, o réu fugiu para Rio Preto depois de abandonar o corpo da mulher em um canavial, mas foi encontrado chorando e confessou o crime à Polícia Militar.
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, B.L. foi denunciado por cárcere privado, feminicídio e ocultação de cadáver.
Queria comprar drogas
B.L. e Aline conviviam em união estável e tinham um filho em comum. No dia 7 de julho de 2020, o réu trancou a companheira em um quarto após pedir dinheiro para comprar droga e receber resposta negativa.
A vítima aproveitou que o marido dormiu, pulou a janela e fugiu para a casa de uma prima. B.L. também foi à residência e jogou Aline no banco do passageiro do carro de forma violenta.
Segundo o Ministério Público, o réu parou o carro no Jardim Ipanema, onde agrediu a vítima e a matou asfixiada.
Logo depois, B.L. trafegou pela Rodovia Euclides da Cunha (SP-320), entrou em um canavial, ocultou o corpo de Aline e dirigiu sentido Rio Preto. Por volta das 20h15, o réu foi encontrado por policiais militares e confessou que tinha cometido o crime.