Divergência explícita entre os dois parlamentares federais da região noroeste.
Enquanto um deles – Luiz Carlos Motta (PL), seguindo corrente partidária, subscreveu o pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga eventuais abusos de autoridade praticados por membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou outro, o fernandopolense Fausto Pinato (PP) negou e não assinou o pedido.
A proposta foi protocolada com 181 assinaturas, 10 a mais do que o mínimo necessário, pelo autor Marcel Van Hattem (Novo), “com a finalidade de investigar a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem a observância do devido processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade, por membros do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal, nos casos a seguir descritos”.
Muitos veem a instalação da CPI contra o STF e o TSE como mais uma ofensiva do grupo bolsonarista em retaliação ao resultado das eleições.
Fausto, além de não concordar e não ter sido incluído no rol inicial dos subscritores, afirmou que “não assinei e não irei assinar”.
À Coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, o presidente da Câmara dos Deputados Artur Lira (PP) seguiu a linha de Pinato e afirmou que não vai instalar a comissão. Ele disse a interlocutores que há uma fila com pedidos anteriores para instalações de CPI´s e aconselhou Hattem a realizar nova colheita de assinaturas para serem reapresentadas na próxima legislatura.