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10 dicas para administrar melhor o 13º salário

10 dicas para administrar melhor o 13º salário

Planejador financeiro certificado pela Planejar explica em quais casos é melhor usar o recurso para cobrir gastos extras, quitar dívidas ou investir

Planejador financeiro certificado pela Planejar explica em quais casos é melhor usar o recurso para cobrir gastos extras, quitar dívidas ou investir

Publicada há 2 anos

Da Redação

Os brasileiros empregados com carteira assinada devem receber a primeira parcela do 13º salário até o dia 30 de novembro. Porém, é preciso estar atento para administrar o dinheiro e utilizar o recurso com inteligência com o objetivo de cobrir gastos extras, renegociar dívidas, realizar sonhos ou investir no planejamento financeiro para 2023. 

Maykon Henrique de Oliveira, planejador financeiro CFP® e professor da Eu me banco Educação, explica que existem dois pontos que as pessoas precisam levar em consideração antes de traçar planos para o 13º. "O primeiro é checar se há dinheiro suficiente para cobrir os tradicionais gastos do início do ano ou se será necessário recorrer a parte ou ao total do valor do 13º salário. O segundo ponto é não se deixar levar pela falsa sensação de que há muito dinheiro sobrando e que, portanto, se tem carta branca para gastar", alerta. 

O especialista recomenda que se faça uma análise da vida financeira antes de tomar qualquer decisão, evitando que atitudes equivocadas tirem do indivíduo a chance de colocar as finanças nos eixos e iniciar o próximo ano sem sufoco. Além desta, o planejador financeiro compartilhou outras nove dicas para ajudar a administrar melhor o 13º salário – confira todas a seguir. 

1. Fazer um check-up financeiro e traçar uma estratégia 

Maykon Henrique de Oliveira explica que a análise financeira é importante para que o indivíduo saiba se está gastando mais do que o necessário e, a partir disso, defina uma estratégia. "Para conseguir defini-la, é preciso se perguntar se a renda atual é suficiente para cobrir as dívidas atuais e futuras, incluindo os gastos do início do ano, que costumam ser mais pesados. Se identificar que faltará dinheiro, a dica é dividir o 13º em parcelas para usar como complemento durante o ano e suprir a lacuna no orçamento". 

2. Renegociar dívidas 

Esta dica é importante para quem tem contas atrasadas. Renegociar as dívidas é válido, bem como pedir um desconto para quitar o valor em aberto de forma integral, explica o professor da Eu me banco. "Se não for possível pagar o valor total à vista, o melhor é quitar a maior parte possível e negociar o restante em parcelas que caibam no orçamento e que tenham juros menores". 

Para o endividados no cartão de crédito ou em carnês, Maykon recomenda que a pessoa entre em contato com a operadora do cartão ou lojista para tentar um desconto por meio do pagamento antecipado. "Normalmente, ao fazer o pagamento antecipado os juros são retirados das parcelas", afirma. 

3. Use o 13º para quitar impostos 

São várias as despesas que recaem sobre o orçamento do brasileiro no início do ano.  Por isso, o planejador financeiro diz que o ideal é que a pessoa seja sincera com ela mesma e faça uma análise para saber se ficará apertada financeiramente em janeiro. "Se a resposta for sim, o melhor é usar o 13º para utilizar na quitação de impostos como IPTU e IPVA. Isso dará um alívio no orçamento", orienta Maykon. 

5. Antecipe a compra de itens escolares 

Para os pais com filhos em idade escolar, o 13º pode significar um alívio nos gastos com livros e demais itens usados no ano letivo. "Mesmo que a lista de material escolar ainda não tenha sido divulgada pela escola, uma boa dica é aproveitar promoções para comprar itens usados ano após ano, como lápis, caneta, caderno e mochila", explica o planejador financeiro. 

6. Empreender para ganhar uma renda extra 

Esta dica é para aqueles que estão com as contas em dia. "Use o 13º para investir em matéria-prima para produzir algo e empreender na esteira das festas natalinas e confraternizações de final de ano. Itens decorativos de artesanato, lembranças personalizadas e comidas típicas como biscoitos natalinos, panetones e ceias sob encomenda são opções para multiplicar o valor do 13º", afirma o professor. 

7. Reserva de emergência 

Outra orientação voltada para quem não tem dívidas: usar o 13º para aplicar na reserva de emergência – imprescindível para usar em caso de imprevistos como perda de emprego, doença ou reparos em casa. Maykon Henrique de Oliveira recomenda o uso do valor total ou de parte do 13º para fazer um investimento em produtos que sejam seguros e tenham liquidez, tais como títulos do Tesouro Direto. 

8. Invista em "pequenos luxos" 

Segundo o planejador financeiro, "Se a pessoa não tem dívidas e está com a reserva de emergência constituída, pode ser dar ao luxo de usar o 13º para desfrutar de algo que deseja muito, como conhecer um novo destino turístico". 

9. Doação 

Outra dica para quem está com a vida financeira bem encaminhada: usar parte do 13º para fazer o bem. "Procure igrejas, ONGs e projetos sociais que façam ações com foco na população menos assistida. O seu dinheiro fará um bem enorme e contribuirá com iniciativas como distribuição de marmitas, cestas básicas, brinquedos, entre outras de grande impacto social", disse o professor da Eu me banco. 

10. Faça o planejamento financeiro para 2023 

Com foco no curto prazo (próximos 12 meses), o especialista recomenda que seja feita uma lista contendo todas as despesas extras programadas para o próximo ano e que o resultado seja dividido em 12 parcelas. O valor dessas parcelas equivalerá ao que a pessoa deverá aplicar mensalmente, em um local seguro e com liquidez, para que no próximo ano ela tenha dinheiro suficiente para arcar com esses gastos extras sem precisar usar o próximo 13º salário. "Sem dívidas e sem a necessidade de cobrir os gastos extras, o 13º dessa pessoa poderá ser integralmente usado para conquistar um sonho ou realizar um objetivo de médio ou longo prazo, como pagar a faculdade dos filhos, planejar a aposentadoria, comprar um carro ou imóvel etc.", conclui Maykon Henrique de Oliveira. 

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