POLÍTICA
Associada a atos golpistas pró-Bolsonaro, Rodobens tem contas desbloqueadas
Associada a atos golpistas pró-Bolsonaro, Rodobens tem contas desbloqueadas
O nome da empresa aparece numa lista de 43 entidades e pessoas que teriam financiado a realização dos atos
O nome da empresa aparece numa lista de 43 entidades e pessoas que teriam financiado a realização dos atos
Da Redação/Uol
O Banco Rodobens informou hoje que recuperou o acesso a suas contas bancárias, bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), desde 17 de novembro. O nome da empresa aparece numa lista de 43 entidades e pessoas que teriam financiado a realização de atos com pautas antidemocráticas realizados em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A companhia reitera que não participou dos atos com pedidos de golpe militar. "A Rodobens afirma que não teve qualquer participação nos atos relacionados na referida decisão noticiada, nem autorizou qualquer pessoa ou instituição a fazê-lo em seu nome e está atuando para que esse equívoco seja corrigido", disse.
De acordo com Moraes, o bloqueio de contas visa a frear o uso de recursos nos atos. O ministro classifica como ilegítimo o deslocamento de mais de caminhões para manifestações em Brasília, em frente ao Quartel-General do Exército, com a finalidade de romper a ordem constitucional, e que isso pode configurar crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
"O potencial danoso das manifestações ilícitas fica absolutamente potencializado considerada a condição financeira dos empresários apontados como envolvidos nos fatos, eis que possuem vultosas quantias de dinheiro enquanto pessoas naturais, e comandam empresas de grande porte, que contam com milhares de empregados sujeitos às políticas de trabalho por elas implementadas", afirmou o ministro.
Moraes também determinou que a Polícia Federal colha o depoimento de todas as pessoas envolvidas. "Esse cenário exige uma reação absolutamente proporcional do Estado, no sentido de garantir a preservação dos direitos e garantias fundamentais e afastar a possível influência econômica na propagação de ideais e ações antidemocráticas."
A decisão está sob sigilo e envolve empresas que teriam financiado os bloqueios ilegais em rodovias e manifestações com pautas inconstitucionais em frente a quartéis militares.
Moraes também tem como alvo pessoas físicas que teriam financiado os atos.
Fonte: noticias.uol.com.br