O apoio explícito do tucano Rodrigo Garcia, atual governador, para o eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) no 2º Turno, do partido que governou o Estado por praticamente 28 anos não reverteu, até agora, em postos de comando no futuro governo estadual.

Primeiro ficou sem a direção de qualquer das principais secretarias de governo paulista, quando ambicionava ocupar até três delas e, na pior das hipóteses, ao menos a da Habitação, com seu estratosférico orçamento.

Agora, seu último reduto é alvo de intensa articulação do PL, partido que abriga o quase ex-presidente Bolsonaro e que fez a maior bancada na Assembleia Legislativa (Alesp): eles querem assumir a presidência da Casa, derrotando o atual gestor Carlão Pignatari (PSDB).

Pois, com apoio (até agora velado) de Tarcísio, o PL lançou o nome de André do Prado (PL) para a disputa presidencial de 15 de março. E o concorrente, eleito pela terceira para a Assembleia, já abriu negociações em busca do apoio de outros partidos.

E, contrariando a política nacional, o PT, antagonista federal do PL, já anunciou que na Alesp, pode até apoiar a eleição de Prado, mas, certamente, caminhará em sentido oposto à pretensão do deputado votuporanguense.

Somente rememorando:

- o PT foi aliado de primeira hora na eleição de Carlão Pignatari para o biênio 2021/2022;

- A maior bancada na Alesp será do PL com 19 parlamentares, seguida do PT com 18, do PSDB com 9, do Republicanos com 8, do União Brasil com 8 e do PSOL com 5;

- Instado por vários órgãos de Imprensa a se manifestar sobre o tema, Pignatari, até agora não se pronunciou, mas corre nos bastidores da Assembleia a sua maior atual ambição: ser reeleito.