Breno Guarnieri

As noites no bairro Coester, zona leste de Fernandópolis, são mais iluminadas em dezembro. Próxima ao cruzamento da Rua Amapá com a Avenida José Camargo Arruda, uma casa se destaca, visível mesmo à distância, com estrelas, guirlandas de Natal e revestida por 5 mil lâmpadas pisca-pisca. A entrada, portas e janelas também levam a moldura colorida.

A tradição de espalhar os enfeites na maioria dos cômodos da residência é de autoria do estudante Luiz Vicente Giachetto, de 13 anos, que na noite de quinta-feira, 22, contou à reportagem de O Extra.net o seu fascínio pelo Natal.

“Minha mãe sempre foi apaixonada pelo Natal. Ela começou a comprar as coisas, montar a árvore, decorar lá fora e eu comecei a prestar atenção e a me interessar. Com 9 anos comecei a montar arranjos e enfeites. Depois, iniciei trabalhos anuais. Eu fazia sozinho, pois meus pais trabalham e ficava complicado deles me ajudarem. A cada dia fui evoluindo tanto na questão da parte elétrica quanto nas decorações”, destaca Luiz, filho de Maira Gandra e Silvio Giachetto.

Incentivo particular

Mais do que exibir os enfeites na residência, decorá-la teve um incentivo particular para Luiz. “Quando pequeno eu tinha uma casinha de brinquedo. Enfeitava ela toda e ligava ela numa tomada. Em shoppings, eu ficava fascinado com as decorações e sempre me atentava à parte elétrica, como era feita a questão das tomadas e com isso fui pesquisando na internet e me aperfeiçoando. Quando ia à casa do Adauto Cassimiro, que também mantém a tradição de decoração de Natal, eu ficava fascinado e prestava atenção nos detalhes que ele me ensinava”, salienta.

5 mil luzes

Ainda de acordo com Luiz, na residência da sua avó Sônia Gandra são em torno de 30 adaptadores, 20 extensões e 5 mil luzes. O jovem fala com orgulho da responsabilidade adquirida. “É muita coisa, mas sempre tomando os devidos cuidados com a segurança. É um trabalho que exige esforço. Tem a questão da manutenção do pisca (cair ou queimar). Eu confiro todos os dias se está tudo certo”, frisa.

Melhor época

“O Natal para mim é a melhor época. Eu começo a me planejar para a decoração no início de novembro. É a primeira vez que faço na casa da minha avó, que me ajudou. Para mim foi a melhor decoração que fiz até hoje”, salienta Luiz Vicente, que finaliza: “o significado do Natal é muito importante. Não é apenas a decoração. É o nascimento de Jesus, é a família reunida”.

Luzes e enfeites colocados por Luiz Vicente na residência de sua avó 

Adauto, que mantém a tradição da decoração natalina em sua casa, situada na Avenida dos Arnaldos, é uma inspiração para Luiz