MINUTINHO
Uma carta materna
Por: Meimei/Chico Xavier
Meu filho, se procuras a bênção da felicidade, não te esqueças de que o Reino do Céu começa em nosso próprio coração e de que o primeiro lugar onde devemos trabalhar por ele é na própria casa onde vivemos.
A alegria verdadeira nem sempre é daqueles que dominam, mas nunca se aparta das almas generosas que aprendem a espalhar o bem.
Se queres que a tranquilidade te acompanhe, busca ser útil.
Por que foges de teu pai, quando, cansado e abatido, mostra uma fisionomia preocupada? Por que te afastas da mãezinha, quando observas o orvalho das lágrimas em seus olhos?
Aproxima-te deles e faze-lhes sentir que tens um coração compreensivo e amoroso.
Um fio d’água transforma o deserto em oásis.
Um gesto de carinho opera milagres.
Quanta gente espera construir o Reino de Deus, acendendo fogueiras de entusiasmo na praça pública e esquecendo no frio da indiferença aqueles que o Céu lhes confiou!
Guarde a paz contigo, a fim de que a possas distribuir.
Entre as paredes do lar, Deus situou a nossa primeira escola.
Se não sabemos exercer a tolerância e a bondade com cinco ou dez pessoas, que esperam, pelo nosso entendimento e pelo nosso auxílio, debalde ensinaremos o caminho do bem-estar para os outros.
O primeiro degrau do Paraíso chama-se Gentileza.
Aprende a ajudar para que outros te ajudem e, onde estiveres, serás sempre um valoroso operário na edificação do Reino Divin
CRÔNICA
A Justiça (justa?)
Por: Biblioteca Virtual do Meu Sonho Não tem Fim
Conta uma antiga lenda que, na Idade Média, um homem muito bom e religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher.
Na verdade, o autor era pessoa influente do reino e por isso desde o primeiro momento procurou-se um “bode expiatório” para acobertar o verdadeiro assassino. E todos sabiam. Ele tinha consciência que tudo seria feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta historia.
O homem foi levado a julgamento e o resultado foi a condenação à forca. O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo, ao final, uma proposta ao acusado que provasse sua inocência.
Disse o magistrado:
- Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do Senhor. Escreverei em um pedaço de papel a palavra inocente e noutro pedaço a palavra culpado. Você sorteará um dos papeis e aquele que sair será o veredicto. O Senhor decidira seu destino, determinou o julgador.
Sem que o acusado percebesse, o juiz separou os dois papeis, mas em ambos escreveu “culpado”, de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca.
Imagem: Ilustração. Fonte: Correio Forense
Não havia saída. Não havia alternativa para o pobre homem.
O juiz colocou os dois papeis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. O homem pensou alguns segundos e pressentindo a vibração, aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papeis e rapidamente colocou-o na boca e o engoliu.
Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.
- Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber qual o seu real veredicto?
- É muito fácil, respondeu o homem. Basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei engolindo o seu contrário.
Mais que imediatamente o homem foi libertado.