A próxima quarta-feira, 15/03/2023 tem tudo para se transformar num marco temporal na linha histórica tucana paulista.

Nesta data, o atual presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) estará cedendo, por mais recalcitrante que esteja, a cadeira para o deputado estadual André do Prado (PL), o nome escolhido – e apoiado pelo governador Tarcísio de Freitas – para comandar o parlamento pelo próximo biênio.

Além da ‘deposição’ do político votuporanguense, que permanece como deputado, há a expectativa de que a data marque o último respiro de mais de 20 mil comissionados tucanos (ou por eles indicados) ainda esparsos em secretarias e outras agências estatais, ou seja, o prelúdio do final real dos 28 anos de governo do PSDB no Estado, com exonerações a rodo.

Nem o apoio explícito do tucano Rodrigo Garcia e do então seu vice-governador Geninho Zuliani (UB) abrandaram a ferocidade da caneta do governador. Ambos devem se consolar (e acomodar seus pupilos) em alguma diretoria da Secretaria de Habitação.

Até mesmo o PT estadual, contentor do PL de primeira hora na federação e que em 2020 apoiou Carlão, anunciou que votará em Prado (que aparentemente nada tem de parentesco com Macarrão do Prado de Mira Estrela), o que lhe assegura, desde já, ampla maioria na eleição.

Lembrando que a maior bancada na Alesp será do PL com 19 parlamentares, seguida do PT com 18, do PSDB com 9, do Republicanos com 8, do União Brasil com 8 e do PSOL com 5.

Resta a dúvida se André do Prado seguirá a pauta bolsonarista, sobretudo no tópico dos costumes ou se procurará, como Tarcísio, manter adequado afastamento.

Além de Pignatari, reeleito com 105.245 votos, também serão reempossados os seguintes parlamentares que têm base eleitoral na região:

• Itamar Borges (MDB) – 183.480 votos
• Beth Sahão (PT) – 65.407 votos
• Valdomiro Lopes (PSB) – 50.824 votos
• Analice Fernandes (PSDB) - 90.135 votos