Após a 'explosão' do caso na manhã de ontem, 28/03/2023, (clique aqui para relembrar) o Grupo Petrópolis, de propriedade do empresário fernandopolense Walter Faria, conseguiu uma 'vitória' na Justiça, com a concessão de medida cautelar autorizando a recuperação judicial do conglomerado.

O deferimento foi da 5ª Vara Empresarial da Justiça Estadual do Rio de Janeiro que também nomeou como administradores judiciais a Preserva-Ação e o Zveiter Advogados, a mesma dupla responsável pela recuperação fiscal da Americanas.

O grupo foi representando judicialmente pelos escritórios Salomão Sociedade de Advogados e Galdino & Coelho e enfrenta crise de liquidez em suas contas há 18 meses, decorrente de redução de receitas. A taxa Selic - que hoje é de 13,75% - vem gerando, segundo a empresa detentora da marca Itaipava, um impacto de aproximadamente R$ 395 milhões por ano no fluxo de caixa do grupo.

As dívidas da companhia somam R$ 4,2 bilhões, segundo sua defesa. Desse total, 48% são financeiras e 52% com fornecedores e terceiros e o pedido judicial é de R$ 4,4 milhões, inicialmente. Também foi determinada a liberação dos recursos da companhia pelo Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa.

Segundo a petição em que pediu recuperação, assinada pelos escritórios Salomão Sociedade de Advogados e Galdino & Coelho, "este pedido de recuperação judicial está sendo ajuizado em regime de urgência, para evitar os gravosos e nefastos efeitos que o vencimento de parcela 'bullet', no valor de R$ 105 milhões, decorrente da operação em anexo. Essa parcela vence hoje, dia 27.03.2023, e seu inadimplemento provocará o vencimento antecipado das demais operações existentes com a casa bancária, resultando na pronta liquidação dos recursos travados na conta vinculada e tentativa de apropriação dos recebíveis do Grupo Petrópolis que ira o ingressar na referida conta nas próximas semanas”.