LETRA MORTA?

Apesar da lei, DDM de Fernandópolis (e da região) não irá funcionar 24h00

Apesar da lei, DDM de Fernandópolis (e da região) não irá funcionar 24h00

Decisão já está tomada! Saiba o fundamento

Decisão já está tomada! Saiba o fundamento

Publicada há 1 ano

Será mais uma lei ‘letra morta’, como tantas outras no Brasil ou, com tempo (nem sempre disponível, sobretudo para mulheres em busca de socorro) a estrutura permitirá que as unidades policiais da região possam funcionar 24h00, todos os dias, conforme nova lei federal recém-sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula a Silva?

Pois cá em Fernandópolis e também em toda a região, compreendida nessa acepção as 10 Delegacias de Polícia de Defesa da Mulher (DDM) sob circunscrição do Deinter 5 de São José do Rio Preto não obedecerão – ao menos inicialmente – à rogativa federal e manterão atendimento especializado como o é atualmente: de segunda a sexta-feira. À noite e aos finais de semana, o atendimento é feito no plantão policial do município, costumeiramente composto por equipes majoritariamente masculinas de policiais.

E a justificativa do diretor José Luiz Ramos Cavalcanti (foto acima) tem justo (e preocupante) fundamento: faltam policiais para atender a demanda. Ou seja, não há delegados, investigadores, escrivães e agentes para suportar uma escala de trabalho exigida.

Resolução?

Talvez, com a realização de concursos públicos previstos para este ano (com contratação de 5,8 mil policiais), realização de cursos capacitantes para os aprovados e nomeação para os cargos, seja possível atender, na plenitude, a nova legislação. O problema é que isso leva tempo, possivelmente mais de 12 meses.

Em idêntica situação a Fernandópolis, estão as DDM´s de Catanduva, Jales, José Bonifácio, Mirassol, Monte Aprazível, Novo Horizonte, Rio Preto (quatro delegacias), Santa Fé do Sul e Votuporanga.

*Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública relativos a 2022 mostram que um quarto dos feminicídios no país acontecem aos domingos; 32% deles no período noturno. Compilados de 2015 a 2019 confirmam que casos de violência contra a mulher se concentram nos domingos e 17% aos sábados. Dados acrescidos às 11h57 de 06/04/2023.

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