Vereadores fernandopolenses com o juiz rio-pretense Evandro Pelarin. Foto: Reprodução / C.M. de Fernandópolis / Cláudio Ricardo
Da Redação
Na noite de terça-feira, 25, a comissão permanente de direitos humanos realizou no plenário da Câmara Municipal de Fernandópolis, uma audiência pública com a presença do juiz de direito da Vara da infância e Juventude de São José do Rio Preto, Dr. Evandro Pelarin, onde o assunto foi um projeto de lei de autoria do vereador Claudenilson de Araújo, o Pastorzão, que prevê a internação involuntária de dependentes químicos pelo prazo de 90 dias.
Cerca de 150 pessoas participaram da audiência pública, onde diversos segmentos da sociedade civil de Fernandópolis estavam presentes, incluindo alguns representantes de clinicas de internação instaladas no município.
Evandro Pelarin destacou a importância do assunto, porém deixou claro não poder opinar sobre o mesmo. Mas explanou claramente que a dependência química é um problema de toda a comunidade, seja de Fernandópolis como de qualquer outro lugar do mundo.
O juiz descreveu uma experiência que teve em São José do Rio Preto, onde procurou saber como funciona o mundo da droga e as dificuldades que se tem para combater o tráfico e a dependência química. Ele chegou a visitar locais onde pessoas se aglomeravam para o uso de crack e outras drogas a mini Cracolândia de Rio Preto. "Para entender o problema e enfrenta-lo de frente fui a fundo no assunto, conhecer tudo sobre o uso de droga, assuntos como o tráfico a venda e até mesmo como a droga funciona no organismo das pessoas. E é uma coisa muito triste, mas que tem que ser combatida de frente e com pulso firme", destacou.
Várias pessoas que estavam no plenário participaram com perguntas e sugestões, um participante que faz parte da pastoral da solidariedade da igreja católica, fez uma importante colocação, onde deixou claro que não basta a internação de 90 dias para a recuperação do depender, mas sim um acompanhamento posterior para que a pessoa tenha dignidade e oportunidades para não voltar ao mundo das drogas ou do alcoolismo.
Fonte: C.M. de Fernandópolis