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CPI dos Golpes com PIX e Clonagem de Cartões encerra os trabalhos na Alesp

CPI dos Golpes com PIX e Clonagem de Cartões encerra os trabalhos na Alesp

Projeto de lei que cria "botão do pânico" em aplicativos bancários

Projeto de lei que cria "botão do pânico" em aplicativos bancários

Publicada há 1 ano

CPI dos golpes com PIX. Foto: Marco A. Cardelino

Da Redação / Alesp

Depois de 180 dias em atividade, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo responsável por investigar fraudes e golpes aplicados por meio de transferências eletrônicas, principalmente via PIX e clonagem de cartões, se reuniu, nesta terça-feira (5), para deliberar o relatório final dos trabalhos realizados. Entre as principais ações do grupo, foram citadas as oitivas com representantes do setor financeiro, advogados criminais especializados, e diretores de entidades como Procon-SP, WhatsApp e Polícia Civil. Além disso, um projeto de lei foi protocolado pelos deputados.

Após a aprovação do relatório, o presidente da CPI, Itamar Borges (MDB), fez uma análise positiva do andamento das investigações. Segundo ele, o grupo foi capaz de extrair o máximo de conhecimento sobre golpes financeiros ao longo dos últimos meses, para, a partir de agora, construir projetos que beneficiem o consumidor e protejam o povo paulista em geral.

"As oitivas e contribuições dos deputados possibilitaram essa conclusão. Afinal de contas, conseguimos criar projetos de lei a partir dos trabalhos do grupo, sendo que, a princípio, pensávamos que medidas de segurança financeira cabiam somente à esfera federal", afirmou Itamar. "Encaminharemos nosso relatório e nossas propostas ao Executivo e ao Ministério Público para que, o mais rápido possível, nosso povo receba ajuda", concluiu o parlamentar.

Botão do pânico

O projeto de lei criado a partir dos estudos da CPI foi protocolado pelo deputado Altair Moraes (Republicanos) e visa, de acordo com ele, instituir a obrigatoriedade de um "botão do pânico" nos aplicativos bancários. "O extrato de todo esse trabalho, para mim, é este projeto. É isso que dá sentido à influência do Poder Legislativo", comemorou o autor.

"A ideia é criar um botão de pânico nos aplicativos de instituições bancárias. Ou seja, o usuário, quando ameaçado por um golpista, teria direito a uma senha, concedida pelo banco, que soltaria um alerta com localização geográfica exata para a polícia. Esse projeto de lei vai ter grande valor para a população paulista, que vem passando por golpes assim frequentemente, como pudemos observar na CPI. Espero que, um dia, essa medida se torne indispensável", explicou Altair.

Construção

Em cima disso, o advogado criminalista Pedro Iokoi, participante ativo de várias reuniões da CPI, elogiou a conclusão dos trabalhos do Colegiado da Alesp e idealizou a construção de mais projetos de lei semelhantes, que ajudem a reduzir os golpes financeiros. "Creio que a CPI concluiu os trabalhos de forma importante, trazendo informações sobre os crimes e políticas públicas para combatê-los. Com a ajuda de projetos como este, os bancos e a polícia podem se instrumentalizar melhor para alcançar os criminosos que, cada vez mais, migram para o ambiente digital, onde é mais fácil de roubar e mais difícil de rastrear", disse ele.

Por: Gustavo Oreb Martins, sob supervisão de Fábio Gallacci

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