Por Breno Guarnieri 

O ano de 2017 prometia ser uma temporada de “novas esperanças” aos torcedores do Fernandópolis Futebol Clube (Fefecê), porém, acabou se transformando em pesadelo. O projeto encabeçado pelo novo presidente Álvaro Zonta acabou vetado por questões burocráticas junto à Federação Paulista de Futebol (FPF).

Desde o ano passado, o clube utilizava o estádio municipal Cláudio Rodante, por meio de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta), o qual expirou em outubro de 2016. Várias regularizações que deveriam ser feitas no estádio não aconteceram, o que ocasionou a não expedição de um novo laudo dos bombeiros, impossibilitando a participação do clube na Segunda Divisão do Campeonato Paulista, equivalente ao quarto e último nível do futebol estadual. A Federação confirmou a inscrição de 30 clubes nesta semana. Times tradicionais como o Atlético Araçatuba, Tupã, Tanabi, Araçatuba e Bandeirante também ficaram de fora. A competição começa no dia 09 de abril.

Sentimento de Frustração 

A Reportagem de “O Extra.net” procurou os representantes das duas torcidas organizadas do clube, na intenção de retratar o sentimento do torcedor em relação a tal situação da Águia.

De acordo com Marcelo Betiol, presidente da organizada Fúria Azul, os torcedores não veem o Fefecê fora da temporada 2017. “Seria uma catástrofe. Isso não pode acontecer. Agora não é hora de achar o culpado, precisamos nos unir e deixar o estádio municipal regular, demonstrando à Federação o interesse em participar da competição. Quem sabe constamos com a sorte e algum clube já inscrito desista e assim herdemos a vaga, pois a qualquer hora pode vir a Fernandópolis um fiscal da Federação e constatar a situação do estádio”, destacou.

Em contato com Ademilson Fonseca, o “Koxa”, presidente da organizada Sangue Azul, o sentimento de frustração também é salientado em sua declaração. “A gente (torcedor) se sente enganado, pois vamos ao estádio, apoiamos o time, seja embaixo de sol ou de chuva, compramos, com o nosso dinheiro, material para realizar uma festa bonita na arquibancada do Cláudio Rodante e não vemos resultados. O futebol é a nossa paixão e nosso lazer aos finais de semana. Não pode haver má vontade, interesse próprio ou ‘trampolim político’ na administração de um clube de futebol, pois mexe com o sentimento de várias pessoas. Caso o Fefecê não dispute a temporada 2017, acredito que será a extinção da nossa Águia”, acrescentou.

Clube

Segundo Álvaro Zonta, a Prefeitura adquiriu todo o material necessário para as adequações do Cláudio Rodante, que assim que iniciadas devem demorar cerca de 15 dias para ficarem prontas. Zonta se reunirá com os presidentes dos clubes que ficaram de fora da competição e juntos vão à Federação pleitear um prazo maior para a entrega do laudo e consequentemente a possibilidade de participar do estadual. A Águia somente participará se alguma equipe já inscrita desistir. Caso não haja desistência, será a segunda vez, na sua história, que o clube ficará de fora do estadual. A primeira vez foi na década de 70.   

Marcelo Betiol, presidente da Fúria Azul 

Ademilson Fonseca, presidente da Sangue Azul