Polícia no local onde corpos foram encontrados. No detalhe, as vítimas da execução
Da Redação
A Polícia Civil do Estado de São Paulo (PC-SP) trabalha em busca da elucidação das circunstâncias e autoria do crime que vitimou a família olimpiense, encontrada com sinais de execução em Votuporanga.
Embora não haja confirmação oficial, há indicativos de que policiais têm suspeitos do homicídio ligados ao tráfico de drogas. A morte do pai – Anderson Marinho – é tratada como vingança por dívidas ligadas a traficantes. Os tiros em seu rosto também são indicativos dessa modalidade de crime.
Segundo o delegado Everson Aparecido Contelli houve uma execução e somente com a conclusão dos laudos periciais da Polícia Científica é que a investigação avançará.
A Polícia suspeita que as mortes tenham ocorrido no dia do desaparecimento – quinta-feira – e investigam como eles foram parar em Votuporanga. Há a possibilidade do carro ter sido abordado no trajeto entre Olímpia e Rio Preto.
Quanto à morte da mãe – Mirele Tofolete – e da filha – Isabelly – a hipótese mais provável atualmente admitida pela Polícia é de que foram executadas para ‘queima de arquivo’.
Ontem, terça-feira, 02, surgiu imagens de Mirele empunhando armas de fogo em publicações sociais. Há informações ainda não confirmadas de que ela trabalhava em uma loja de vendas de armas.
A informação publicada pelo ‘O Extra.net’, com exclusividade na região, de que Anderson estava em liberdade condicional e que tinha vários processos criminais, inclusive por tráfico de drogas, foi confirmada pela Polícia.
O delegado de Polícia Marcelo Pupo, que também trabalha nas investigações afirmou que há registro de uma ligação do celular de Isabely para o 190 da Polícia Militar mas os celulares das vítimas não foram encontrados. Diferentemente do que afirmam alguns sites de notícias, a perícia não encontrou digitais no automóvel da família. No veículo foram apreendidas capsulas de pistola 9 milímetros.
Encontro dos corpos
Foi encontrado na última segunda-feira, 01, em um canavial, próximo à Estrada Rural do ‘27’, na área do município de Votuporanga, os corpos da família olimpiense que estava desaparecida desde quinta-feira, 28. A localização foi na via que liga Votuporanga a Sebastianópolis do Sul, no acesso à Comunidade Nova Vida e ao Bairro do Cruzeiro.
Há sinais de execução com armas de fogo, sendo que duas vítimas estavam dentro do veículo (a mãe e a filha) e outra caída fora do carro (o pai).
As Polícias Militares, Civil e Científica foram no local em busca de provas que possam identificar a autoria do assassinato.
Há informações de que o pai – Anderson Givago Marinho – possui cerca de 30 processos em curso na Justiça, vários deles por tráfico de drogas, sendo que ele cumpria sentença em regime de liberdade condicional.
O Caso
A Polícia Civil do Estado de São Paulo (PC-SP), através de policiais da região do Deinter-5 de São José do Rio Preto tenta esclarecer o misterioso desaparecimento de uma família ocorrido na última quinta-feira, 28/12/2023.
Mãe, pai e filha que estão desaparecidos. Foto: Reprodução / Facebook
Segundo informações do Boletim de Ocorrência, Anderson Marinho, de 35 anos (o pai), acompanhado de Mirele Tofalete, de 32 anos (a mãe) e da filha Isabelly, de 15 anos, saíram de Olímpia com destino a Rio Preto para comemorarem, em um almoço, o aniversário da filha, num trajeto de pouco mais de 40 quilômetros.
A partir das 14h00 desse dia, ocorreu a última comunicação com a família quando Anderson e Mirele pararam de responder e visualizar mensagens enviadas por amigos e familiares. À noite, os celulares do casal e da filha foram desligados, e as chamadas passaram a ser direcionadas para a caixa postal.
Desde então eles não fizeram mais qualquer tipo de contato com amigos ou familiares nem retornaram à residência, fazendo com que o caso fosse registrado na Delegacia de Polícia na sexta-feira, 29.
Uma das pistas é de que o carro da família (VW/Gol) foi registrado por um radar próximo à cidade de Mirassol, 15 km à frente de Rio Preto, já fora do trajeto previamente planejado.