Ação e atualização em rede: uma possibilidade para garantia do ensino e da aprendizagem
Por: Prof. Me. Gilberto Abreu de Oliveira
A cada ano escolas brasileiras organizam-se para planejar suas ações para desenvolver nos dias de efetivo trabalho escolar. Como de costume, as redes de ensino, realizam suas jornadas pedagógicas, seminários entre outras reuniões que congregam os docentes e servidores da educação com foco no planejamento escolar a fim de possibilitar as reflexões necessárias para que o ano letivo possa se desenvolver da melhor forma possível.
Neste sentido, é primordial que, os profissionais da educação, que desempenham suas atividades nas escolas, possam tomar para si os desafios que a profissão impõe, ao buscar cotidianamente renovar suas práticas a partir das reflexões iniciais dos planejamentos anuais, considerados, por vezes, como a vanguarda da sociedade.
Cabe a gestão escolar manter o foco e direcionamento pedagógico para que as ações previstas possam ser monitoradas em Atividades de Aperfeiçoamento e Atualização Coletivas, de modo que a coordenação pedagógica atue como braço eficaz da aplicação das ações orientando, assessorando e coordenando as atividades propostas pela unidade escolar. Feito o planejamento, este se desdobra nas ações e estas são permanentemente revisitadas e repensadas em momentos semanais de formação continuada. São estes momentos semanais, dedicados à atualização, os garantidores da troca de experiências e boas práticas entre os colegas.
É salutar que as Secretarias de Educação, contribua na construção das Atualizações Coletivas, para além das escolas, sob o formato de Ações em Rede com propósito de, mensalmente, bimestralmente ou até semestralmente, monitorar e avaliar os procedimentos coletivos de forma panorâmica a fim de possibilitar para além da execução do planejamento a efetiva troca de experiências entre docentes, gestores e servidores da educação com foco no ensino e aprendizagem, possibilitando assim a observação das boas práticas de ensino e aprendizagem.
Tais propostas já se fizeram reais e sua execução não gera custos elevados. Ao propor que essas atividades sejam executadas pelos professores, coordenadores, diretores e técnicos do suporte pedagógico com foco na análise das práticas executadas possibilitando um planejamento permanente além da constante reflexão sobre os trabalhos que estão sendo desenvolvidos nas escolas do município, possibilitando uma troca constante de experiências.
Quando há um direcionamento coletivo de modo que possibilite a escuta ativa dos membros do quadro docente de toda uma rede de ensino, possivelmente haverá ainda mais ganhos do ponto de vista do foco no ensino e aprendizagem, uma vez que se constrói assim um sentimento de pertença não apenas à unidade escolar, mas a toda uma rede de ensino.
Pode parecer complexo, mas a proposta de uma ação em rede, a fim de possibilitar maiores ganhos aos docentes e ainda às crianças, é uma saída que favorece a construção de escolas cada vez mais plural e cidadã. Ouvir e poder contribuir com as experiências dos colegas não pode ser vista como algo desnecessário, é uma ação que exige iniciativa, mas também amadurecimento coletivo. Coragem, diria os poetas. E é isso que precisamos para garantir uma educação com foco nas aprendizagens essenciais: coragem para começar. Afinal se não sabemos onde queremos chegar, qualquer caminho que seguir, nos servirá!
Forte abraço. Boas reflexões!
Prof. Me. Gilberto Abreu de Oliveira - Licenciado em História, Mestre em Pedagogia e Diretor de Escola Pública
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