IMUNIZAÇÃO

Governo de SP distribui dose única de vacina contra o HPV

Governo de SP distribui dose única de vacina contra o HPV

Imunização protege contra cânceres de colo do útero, pênis, orofaringe e também verrugas genitais

Imunização protege contra cânceres de colo do útero, pênis, orofaringe e também verrugas genitais

Publicada há 7 meses

Foto: Portal Gov. SP

Da Redação

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP) adotou o esquema do Ministério da Saúde, que prevê dose única para vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) no Sistema Único de Saúde (SUS). A recomendação é para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. O objetivo é ampliar a cobertura vacinal nessa faixa etária.

Imunossuprimidos e vítimas de violência sexual, que também podem receber a vacina do HPV na rede pública de saúde, continuarão com o esquema recomendado anteriormente, de duas ou mais doses, conforme cada caso.

Distribuída gratuitamente pelo SUS, a vacina contra o papilomavírus humano dos subtipos virais 6, 11, 16 e 18 (recombinante) é a principal forma de prevenção contra o aparecimento do câncer do colo de útero. Os tipos 16 e 18 contidos na vacina causam cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero, que é a quarta maior causa de morte entre as mulheres no Brasil.

A diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da SES, Tatiana Lang D’Agostini, pontua que a adoção do esquema de dose única pode aumentar a cobertura vacinal. “O Brasil segue a adesão abaixo da média e, por isso, a nova estratégia pode ampliar a cobertura vacinal para a população do estado, e consequentemente, intensificar a proteção contra o câncer de colo de útero decorrentes do HPV”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 80% da população sexualmente ativa será contaminada, em algum momento da vida, pelo HPV, vírus responsável pela infecção da pele ou mucosa (oral ou genital) de homens e mulheres, sendo transmitido majoritariamente por meio de relações sexuais. A maioria das pessoas não apresenta sintomas e sequer sabe que estão infectadas, tendo em vista que o vírus pode passar anos sem manifestar-se no organismo.

De acordo com os dados da SES, a cobertura vacinal em todo o estado até 2023 foi de 77,1% na primeira dose para meninas, caindo para 60,6% na segunda dose. Já para os meninos, a cobertura vacinal no ano passado foi de 53,2% na primeira dose e de apenas 33,7% na segunda. Vale ressaltar que para os homens, a vacina pode proteger contra o câncer de pênis, orofaringe e ânus. Além disso, a imunização previne mais de 90% das verrugas genitais.

A vacinação contra o HPV está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos Serviços de Atenção Especializada (SAE) e nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).

Podem se vacinar de forma gratuita pelo SUS:

Meninas e meninos de 9 a 14 anos

Pessoas de 9 a 45 anos em condições clínicas especiais, como as que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos (imunossuprimidos)

Vítimas de abuso sexual

Pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR)

Campanha de Vacinação nas Escolas

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP) iniciou desde o dia 18 de março a Campanha de Multivacinação contra doenças preveníveis nas escolas públicas de ensino infantil, fundamental e médio. Essa estratégia de vacinação, que vai até o dia 19 de abril, busca ampliar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e com os municípios que serão os executores da ação.

Com foco nas crianças e adolescentes menores de 15 anos, não vacinadas ou com esquemas incompletos de acordo com o Calendário Vacinal, as equipes de vacinação vão até as escolas para ampliar o acesso e incentivar a cultura da imunização, além de disseminar ações educativas de saúde entre os alunos.

As vacinas disponibilizadas protegem contra HPV (entre 9 e 14 anos de idade), Poliomielite, Meningocócica C Conjugada, Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola), Febre amarela, Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae b), Meningocócica ACWY e Covid-19.

Fonte: SeCom SP

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