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Empresário fernandopolense Alcides do Faria é preso em operação policial

Empresário fernandopolense Alcides do Faria é preso em operação policial

Apuração por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Apuração por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Publicada há 1 mês

Prisão do empresário fernandopolense confirmada em rede televisiva

Da Redação

O empresário fernandopolense Alcides Benedito de Andrade, conhecido popularmente como Alcides do Faria, foi preso nesta terça-feira, 09/07/2024, em operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, contra o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Alcides é o proprietário da ADF Distribuidoras de Bebidas Ltda e tem carreira empresarial ligada ao Grupo Petrópolis. Ele ocupou vaga na Assembleia Legislativa Paulista (Alesp) na segunda parte da 13ª Legislatura, dentre os anos de 1997 e 1998. Em 1996, foi eleito na condição de vice-prefeito, na coligação encabeçada por Armando Farinazzo (PSDB) e, com a abertura de vagas na Assembleia, ambos foram convocados a assumir uma cadeira na Alesp. Farinazzo preferiu a Prefeitura de Fernandópolis e Faria a Câmara Estadual. Ambos ostentavam a condição de suplentes nas eleições estaduais de 1994.

Confira os detalhes da operação em matéria publicada pelo g1 Rio de Janeiro, em reportagem de Jefferson Monteiro, Leslie Leitão, Felipe Freire, Bom Dia Rio:

A Polícia Civil do RJ prendeu nesta terça-feira (9) 10 pessoas na 2ª fase da Operação Rota do Rio, contra o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro. Desta vez, agentes saíram para cumprir 26 mandados de prisão no Rio de Janeiro, Amazonas, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

De acordo com a Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), os alvos são pessoas jurídicas e físicas responsáveis pela lavagem de dinheiro das facções Comando Vermelho e Família do Norte, que atua no Amazonas. O esquema movimentou R$ 126 milhões em 2 anos.

Até a última atualização desta reportagem, eram 7 presos no Amazonas, 2 em São Paulo e 1 no Rio de Janeiro.

Dibh Pereira Moubayed foi preso na Baixada Fluminense. As investigações indicam que ele remetia dinheiro do Rio de Janeiro para a Região Norte para a compra de entorpecentes e traficava drogas em comunidades do Comando Vermelho. Na Maré, uma moradora foi baleada na perna e levada para o Hospital Federal de Bonsucesso. Ela não corre risco de morte.

André Luiz Perez Araújo, André Luiz Lessa Maia e Raimundo Lima da Silva foram presos no Amazonas. Também foi preso Raimundo Pinheiro da Silva, ex-prefeito de Anamã. As investigações mostraram que ele usava um frigorífico para a lavagem de dinheiro. Os nomes dos outros 3 presos não foram divulgados.

Alcides Benedito de Andrade foi preso em Boituva, no Estado de São Paulo. O nome do outro preso não foi divulgado.

Os agentes do Rio de Janeiro atuam em parceria com o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil do Estado do Amazonas no cumprimento dos mandados.

Os mandados a serem cumpridos são:

15 no Amazonas;

3 no Paraná;

5 no Rio de Janeiro;

3 em São Paulo.

Os agentes também cumprem mandados em Santa Catarina.

Dois dos principais alvos são Caio Cardoso dos Santos, conhecido como Mano Caio, e Sílvio Andrade Costa, o Silvinho. Os dois são do Amazonas e, de acordo com as investigações, estão escondidos no Complexo da Maré.

Carros da Polícia Civil e um blindado estão na região desde cedo, nas comunidades Parque União e Nova Holanda. Criminosos reagiram à ação policial e dispararam contra as forças de segurança.

Outro alvo preso foi Cleiton Souza da Silva, considerado pelos policiais um elo entre os traficantes do Rio e do Amazonas. Os investigadores afirmam que ele é o responsável pelo abastecimento de drogas de comunidades da Zona Sul da capital fluminense.

Organização

Os policiais investigaram o caminho percorrido pelo dinheiro. As contas de empresas investigadas movimentaram R$ 126 milhões em dois anos. As investigações mostraram que o grupo conta com entrepostos em vários estados, para não levantar suspeitas, até chegar a Manaus.

Havia uma divisão de tarefas que incluía depósitos bancários em contas de pessoas jurídicas, localizadas principalmente nas regiões de fronteira do Estado do Amazonas. Essa ação tinha como objetivo ocultar a origem ilícita do dinheiro que era investido nesses negócios.

As investigações se estenderam de abril de 2017 a junho de 2021.

Segunda fase

A ação é a segunda fase de uma operação que aconteceu no mês passado, quando os policiais descobriram que criminosos do Rio de Janeiro compravam drogas de países que fazem fronteira com o Estado do Amazonas.

Os entorpecentes atravessavam o país via rodoviária e por barcos e, na capital fluminense, eram distribuídos entre as comunidades cariocas ligadas ao Comando Vermelho.


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