Que dúvida cruel!

Quem o governado paulista Tarcísio de Freitas apoia (ou apoiará) na disputa pelo Executivo Municipal de Fernandópolis?

A indagação parece remeter adequadamente à ‘Escolha de Sofia’.

Senão vejamos:

- Pertencente ao Partido Republicanos, a preferência poderia ser óbvia e recair sobre o tutelado do prefeito André Pessuto e do deputado federal Fausto Pinato, o secretário municipal Rodrigo Ortunho, companheiro de partido de Tarcísio. Porém a obviedade cede à primeira esquina.

Primeiramente, o governador já teve oportunidades de sobras para declarar-se a Ortunho e até para fortalecer sua candidatura, liberando benesses ao atual prefeito, que certa e parcialmente se converteria em votos a Ortunho.

Não o fez até agora!

Pode fazê-lo no futuro breve somente oralmente, pois liberações de recursos e obras não dá mais.

E há enorme enigma pendente, pois Freitas já balançou diversas vezes rumo ao Partido Liberal (PL). Já houveram ‘ruídos’ mais fortes outrora mas nova declaração do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, aponta migração após a eleição municipal. Só lembrando, o padrinho de Tarcísio, Jair Bolsonaro, está lá.

- A segunda hipótese recai sobra o médico Avenor Bim.

Como assim?

Simples. Bim é filiado ao PSD, partido liberado por Gilberto Kassab e que tem como expoente na região o também médico Eleuses Paiva. Ambos, não por coincidência, são secretários de primeira grandeza de Tarcísio. Eles jogam juntos! O primeiro de governo e o segundo da Saúde e os dois estão entre os principais apoiadores da candidatura de Avenor, colocando-o no rol dos tutelados pelo governo estadual. Mas também aqui, como dantes, não houve uma mínima declaração (ou indício de apoio por parte de Tarcísio).

-Por último estaria o candidato do PL em Fernandópolis. Hoje, diante de tantas confusões no partido, seria o advogado e vereador João Paulo Cantarella.

Eles (os dirigentes do PL local) contam (e declamam) o apoio do ex-presidente Bolsonaro, de políticos ligados a Tarcísio e, porque não, do próprio governador.

E ainda jogam com duas cartadas principais:

A primeira é se Freitas tem interesse mesmo em mudar para o PL, certamente ultima em fortalecer o partido;

A outra é enaltecer que o partido é o único a apresentar uma candidatura realmente da ala de direita e que atende a ideologia bolsonarista, ao contrário dos anteriores.

Mas para cá também não há sequer sinalização pública do governador.

Fechando, há também a possibilidade do aceno público sequer ser emitido para qualquer das candidaturas de espectro direitista.

Aguardemos!

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