OPINIÃO
Presidente do Palmeiras cobra falta de prisão em flagrante de vice-prefeito de RP
Presidente do Palmeiras cobra falta de prisão em flagrante de vice-prefeito de RP
Fábio Marcondes ofendeu em frente a três policiais militares
Fábio Marcondes ofendeu em frente a três policiais militares
A presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, a empresária Leila Pereira, ‘soltou’ o verbo sobre o episódio de racismo envolvendo o vice-prefeito de Rio Preto, Fábio Marcondes (PL), ocorrido durante jogo entre o Alviverde e o Mirassol no último dia 23, aqui no interior.
O caso tornou após outro atleta do clube – o atacante Luighi ter sido vítima de ação similar em jogo contra o Cerro Portenho, no Paraguai – e a declaração ocorreu em entrevista coletiva transmitida ao vivo pelas principais emissoras e sites do país.
Leila lembrou aos que questionavam a falta de ação das autoridades daquele país, que situação similar havia ocorrido em Mirassol e envolveu um representante do Poder Executivo da principal cidade da região que chamou um segurança do Palmeiras de “macaco velho” e de “lixo”.
Agravando a situação, Leila ressaltou que toda a ação foi presenciada por três policiais militares que, ao invés de prenderem o acusado em flagrante delito pelo crime de racismo, simplesmente nada fizeram:
“Há 15 dias aconteceu o mesmo fato aqui no Brasil com um colaborador da nossa segurança, que foi criminosamente atacado pelo crime de racismo pelo vice-prefeito de São José do Rio Preto na frente de três policiais, que não fizeram absolutamente nada”, armou a dirigente palmeirense.
“Essa pessoa que atingiu nosso segurança deveria estar presa em flagrante. E não fizeram absolutamente nada. Estamos fazendo aqui dentro. Essa pessoa será processada na esfera cível e criminal, mas poderia ter sido presa em flagrante. Enquanto houver essa certeza da impunidade, esse crime continuará prosperando”.
Leila Pereira também pediu a exclusão do Cerro Portenho da Libertadores Sub-20 e ameaçou levar o caso à Fifa caso na Conmebol não puna adequadamente o time paraguaio.
Reações
O vice-prefeito pediu licença médica após a ocorrência ganhar notoriedade nacional e a estendeu por mais 10 dias nesta última quinta-feira, 06. Ele também foi exonerado, a pedido, do cargo de secretário municipal de Obras. Sua defesa não quis se pronunciar após as declarações da presidente.
A Polícia Militar do Estado de São Paulo informou que abriu procedimento administrativo apuratório da conduta dos policiais. O atual prefeito da cidade, Coronel Fábio Marcondes (PL), era, até pouco tempo, o responsável pelo comando da Polícia Militar da região. A Polícia Civil apura, em Inquérito Policial, o caso.
Partidos, representantes de entidades civis e parte dos vereadores rio-pretenses divulgaram notas e se manifestaram contra a conduta do vice-prefeito.
Resumindo, não há só que se atacar (e desqualificar) o Estado Paraguaio enquanto que aqui, bem no Estado mais rico do país, a situação se repete. E com as deveras agravantes!
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