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‘Adolescente sozinho no quarto com o celular na mão não está seguro’, alerta delegada de SP

‘Adolescente sozinho no quarto com o celular na mão não está seguro’, alerta delegada de SP

Potenciais vítimas de crimes como cyberbullying, auto-mutilação induzida ou até abuso sexual virtual

Potenciais vítimas de crimes como cyberbullying, auto-mutilação induzida ou até abuso sexual virtual

Publicada há 4 dias

Chefe do Núcleo de Operações e Articulações Digitais (Noad) da Polícia Civil de São Paulo, Lisandrea Salvariego Colabuono

Da Redação / Agência SP

A chefe do Núcleo de Operações e Articulações Digitais (Noad) da Polícia Civil de São Paulo, Lisandrea Salvariego Colabuono, destacou em entrevista ao programa SP em 3, 2, 1, da Agência SP, a importância da atenção dos pais e responsáveis com a segurança digital de crianças e adolescentes. A fala da delegada ocorre no contexto da instauração de um inquérito para investigar uma plataforma online por apologia à violência digital.

Segundo o Noad, a plataforma descumpriu uma solicitação emergencial realizada pelas autoridades para derrubar uma transmissão ao vivo onde eram exibidas cenas de violência para crianças e adolescentes. Durante a entrevista, Lisandrea enfatizou que riscos como este estão presentes no mundo digital e não podem ser ignorados. 

“É preciso que haja um alerta: o que meu filho consome, o que ele se interessa nas redes sociais, o que ele tem mais propensão a acessar? Isso é de fundamental importância que os pais entendam e aceitem”, afirmou. Segundo ela, a exposição pode transformar crianças e adolescentes em potenciais vítimas de crimes como cyberbullying, auto-mutilação induzida ou até abuso sexual virtual.

A delegada reforçou que o fato de estarem em casa, em um ambiente aparentemente seguro, não significa que estejam protegidos no mundo digital. “Um adolescente sozinho no quarto com o celular na mão não está seguro”, alertou. Lisandrea comparou os cuidados no ambiente online à antiga orientação de não conversar com estranhos nas ruas, destacando que o mesmo princípio deve ser aplicado às redes sociais e jogos virtuais.

Ela ainda orientou que os pais devem manter diálogo constante com seus filhos, explicando que nem todos que interagem online são amigos e que é fundamental desconfiar de abordagens suspeitas.

A chefe do Noad também explicou as formas de denúncia para casos suspeitos. Pais, responsáveis ou vítimas podem procurar uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência, ou usar o Disque Denúncia.

O Noad foi criado pela Polícia Civil de São Paulo para atuar no enfrentamento da violência digital, apurando crimes como extorsão sexual, aliciamento de menores, invasões de dispositivos e outros delitos cometidos no ambiente virtual. A atuação especializada do núcleo visa proteger principalmente crianças e adolescentes, público mais vulnerável nas redes.

O Noad conta com agentes atuando infiltrados 24 horas por dia em comunidades e grupos de internet.

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