Será um prelúdio? Ou apenas uma antecipação indevida e infrutífera?
Seja qual for a avaliação, a administração Geninho Zuliani (UB) e Márcio Iquegami (Republicanos) carimbou na Câmara de Vereadores uma proposta que aprova a criação de cassinos em resorts.
A polêmica medida reclassifica os jogos de azar como “serviços públicos de relevante interesse turístico e social”, sobretudo aqueles realizados em cassinos integrados a resorts de alto padrão.
Além de aprovada pelo Legislativo, a proposta já foi sancionada pelo prefeito e publicada no Diário Oficial do Município.
Pela nova legislação, a exploração de jogos é relacionada ao ramo turístico de Olímpia, que recebe cerca de cinco milhões de visitantes por ano, contando com a segunda maior rede hoteleira do estado paulista. Segundo a administração municipal, há 34 mil leitos de hospedagem na cidade, além de dois parques aquáticos.
Compreende-se como serviços relacionados à exploração de jogos:
A lei também autoriza a concessão da prestação dos serviços de jogos de azar à iniciativa privada, “mediante prévio procedimento licitatório na modalidade de diálogo competitivo”.
Mas, porém, entretanto...
Reconhecendo a competência legislativa exclusiva da União nessa matéria, a administração olimpiense condicionou a aplicabilidade da medida à aprovação, pelo Senado Federal, de projeto de lei que autoriza o funcionamento de bingos e cassinos no Brasil e que também regulariza o jogo do bicho.
Tal projeto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e aguarda pauta para ser votado no Plenário, o que deve ocorrer ainda neste ano. Há fortíssima resistência contra o projeto por parte da bancada evangélica.
Requisitos
E se Fernandópolis chegou, ainda que brevemente, a sonhar com um cassino nas dependências do Água Viva, praticamente pode esquecer. Dentre os requisitos estabelecidos na legislação federal estão:
Há ainda a autorização para que sejam instalados até dez cassinos em embarcações marítimas com ao menos 50 quartos.
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