SAÚDE

Saiba como a Tabela SUS Paulista acelerou cirurgias e exames

Saiba como a Tabela SUS Paulista acelerou cirurgias e exames

Modelo de financiamento tem repasses até cinco vezes maiores que os da tabela federal

Modelo de financiamento tem repasses até cinco vezes maiores que os da tabela federal

Publicada há 7 horas

Atualmente, 800 instituições são beneficiadas pela iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde

Da Redação / Agência SP

Para reduzir filas e ampliar o acesso da população a cirurgias e exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Governo de São Paulo criou a Tabela SUS Paulista, iniciativa que complementa os valores pagos pelo Ministério da Saúde a instituições filantrópicas conveniadas ao SUS. O programa, que começou em janeiro do ano passado, garante repasses até cinco vezes superiores aos previstos na tabela nacional.

Com a Tabela SUS Paulista, todos os principais procedimentos para pacientes internados tiveram aumento na remuneração, com reajustes de até 400%. Além disso, o estado registrou aumento nas internações em instituições filantrópicas, o que equivale à abertura de 3.207 leitos SUS. O Hospital das Clínicas Faepa Ribeirão Preto contabilizou 13.185 internações a mais em 2024, em comparação com 2022. Já o Hospital São Paulo de Ensino da Unifesp, teve 8.453 a mais.

Os reajustes são definidos com base em uma análise comparativa entre os valores pagos pelo Ministério da Saúde e os preços praticados no mercado. Como exemplo, o valor do parto normal, fixado em R$ 443,40 na tabela federal, passou a R$ 2.217 no estado, aumento de 400%. Já a colecistectomia (remoção da vesícula biliar), que recebe R$ 996,34 pela tabela nacional, passou a R$ 4.483,53, um acréscimo de 350%.

Atualmente, 800 instituições são beneficiadas pela iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde. O investimento adicional no primeiro ano foi de R$ 4,3 bilhões, com recursos 100% do Tesouro Estadual. O modelo busca corrigir uma defasagem provocada pela falta de reajustes na tabela nacional, que está sem atualização há cerca de 20 anos.

A remuneração ocorre, por exemplo, quando um morador do estado realiza uma cirurgia ou outro procedimento em uma unidade filantrópica. O governo federal repassa o valor previsto na tabela do SUS, e o Governo de São Paulo complementa esse montante.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, é fundamental conhecer a realidade de cada região. “Precisamos garantir recursos suficientes para que a população seja atendida perto de casa, sem precisar se deslocar para os grandes centros. Quando conhecemos a demanda e a oferta, conseguimos planejar melhor ampliando os serviços onde há maior necessidade”, afirmou.

O programa contempla Santas Casas, entidades filantrópicas e prestadores de serviço da rede complementar do SUS em todas as regiões do estado. Esses equipamentos representam 50% do atendimento hospitalar pelo SUS em São Paulo.

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