Da Redação

Quando uma pessoa estranha ao ambiente percorre o corredor das baias dos cães, no Centro de Controle de Zoonoses de Fernandópolis, o barulho é ensurdecedor. Praticamente todos os cães começam a latir, tornando impossível uma conversa, por mais perto que se esteja do interlocutor.

Sheila Durelo Pedreiro, fiscal de Saúde Pública, explica que o local mantém em média 100 cães e 40 gatos, a cada semana. Cerca de 80% ali estão por conta de denúncias de maus tratos, feitas à Ouvidoria Municipal ou mesmo à Polícia.

Também ali estão animais recolhidos nas ruas ou entregues pelos próprios tutores. Nesses casos, o animal é devolvido depois de medicado e castrado, pois a falta de espaço para tanto bicho é constante.

A agente administrativa Janaína Jéssica de Oliveira Pedreiro, que é formada em Veterinária, conta que os gatos são mais suscetíveis ao cativeiro – principalmente os “de rua”, que ficam tristes, param de comer e acabam morrendo. 

As campanhas de adoção são constantes. Muita gente de outras cidades procura o Centro fernandopolense em busca de animais de estimação. Basta levar documentos pessoais e assinar um formulário devidamente preenchido. 

O Centro de Controle de Zoonoses, porém, costuma monitorar a pós-adoção: são feitas visitas nos endereços declarados pelo adotante, para conferir se o animal está sendo bem tratado.

AMOR PELO TRABALHO

 Sheila e Janaína garantem que o trabalho ali não é fácil: “é preciso gostar muito de animais”, garante Janaína. Tanto que todos os funcionários tem seus pets, como a própria fiscal Sheila, tutora de Stock, um “caramelo”, e Clara, uma cadelinha poodle.

 Sheila revela que algumas pessoas da comunidade criticam o número de eutanásias que é praticado no Centro de Zoonoses, e defende-se dizendo que, na maioria dos casos, os animais chegam em péssimo estado de saúde, com leishmaniose, esporotricose e outras mazelas. 

 Na verdade, o Centro mantém exames de leishmaniose gratuitos, que podem ser realizados de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 14 às 16 horas. Caso o animal sofra de esporotricose, passará por consulta, exame e ainda será medicado em caso positivo – nessa hipótese de doença, o procedimento é feito na Universidade Brasil, e também é gratuito.

As funcionárias municipais pregam a “adoção responsável” e orientam a população sobre o tratamento adequado para os bichinhos, como a aplicação do reforço vacinal representado pela vacina V-10.

O Centro de Controle de Zoonoses fica na Avenida Litério Greco, anexo à Escola Agrícola. O telefone é (17) 3462-3341.      

Fonte: Secretaria de Comunicação de Fernandópolis