OPINIÃO

Quando os animais partem! Eles entram, vivem e partem. E agora?

Quando os animais partem! Eles entram, vivem e partem. E agora?

Crônica: As três árvores - Um reconfortante conto de Roseli Busmair

Crônica: As três árvores - Um reconfortante conto de Roseli Busmair

Publicada há 6 horas

Minutinho: Quandos os animais partem

Por: Diário Espírita

Há encontros que não nascem no acaso. Quando um animal cruza o nosso caminho e decide ficar, é como se estivesse apenas retomando uma história que começou muito antes desta vida. Eles chegam mansos, com o olhar que fala mais do que qualquer palavra, e de repente se tornam parte de nós, costurando nossa alma à deles.

Mas chega o dia da despedida. O corpo se vai, a casa parece maior, mais silenciosa, e a ausência pesa no ar. No entanto, o amor não conhece sepulturas. No mundo onde não há dor, eles nos seguem de perto. Sabem quando falamos seus nomes, percebem quando acariciamos suas fotos, e recebem cada lembrança como quem recebe um presente.

A ligação não se rompe. É como se, do outro lado do arco-íris, eles mantivessem um posto de vigia, atentos aos nossos passos, soprando coragem nos dias difíceis. Às vezes, se fazem sentir: um sonho que parece visita, um barulho conhecido, um cheiro que não se explica, ou aquele momento em que nossos olhos encontram os de outro animal e o coração aperta sem saber por quê.

São recados. Pequenas provas de que continuam por perto. E um dia, sem pressa, a vida, ou Deus, vai cruzar novamente os nossos caminhos. Nesse instante, toda a saudade se transformará em reencontro.

O amor que compartilhamos não é um capítulo encerrado. É um livro que atravessa vidas. E, até que possamos ler juntos a próxima página, eles permanecem lá, no horizonte sereno, guardando nossa história.

E eles sabem: continuam sendo amados, continuam sendo lembrados… e continuam nos esperando.

Crônica: As três árvores

Por: Roseli Busmair

Havia, no alto da montanha, três pequenas árvores que sonhavam com o que seriam depois de grandes... A primeira, olhando as estrelas, disse:

- Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal, até me disponho a ser cortada.

A segunda olhou para o riacho e suspirou:

- Eu quero ser um grande navio para transportar reis e rainhas.

A terceira árvore olhou o vale e disse:

- Eu quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que, as pessoas ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em Deus.

Muitos anos se passaram, e certo dia vieram três lenhadores e cortaram as três árvores, todas muito ansiosas em serem transformadas naquilo com que sonhavam. Mas lenhadores não costumam ouvi-las e nem entender sonhos!

Que pena! 

A primeira árvore acabou sendo transformada num cocho de animais, coberto de feno. A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias. E a terceira, mesmo sonhando em ficar no alto da montanha, acabou cortada em altas vigas e colocada de lado em um depósito. E todas as três se perguntavam desiludidas e tristes:

- Para que isso?

Mas, numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu neném recém-nascido naquele cocho de animais. E de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo! A segunda árvore, anos mais tarde, acabou transportando um homem que acabou dormindo no barco, mas quando a tempestade quase afundou o pequeno barco, o homem se levantou e disse: “pas”! E num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o rei dos céus e da terra. Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Logo, sentiu-se horrível e cruel. Mas logo no Domingo, o mundo vibrou de alegria e a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado um homem para salvação da humanidade, e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e de seu filho Jesus Cristo ao olharem para ela.

Imagem: Reprodução

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