Da Redação
Cerca de 50 alunos que estudam na Escola Agrícola “Melvin Jones” de Fernandópolis viveram um dia certamente inesquecível na última terça-feira, 30. No projeto concebido pelas “Agroligadas” – grupo de mulheres ligadas à atividade, com o objetivo de conectar o campo à cidade, levando informações sobre o agronegócio, os jovens foram conhecer um confinamento bovino.
O passeio/aula prática aconteceu em parceria com as Secretarias da Educação e da Agricultura do município. Os secretários Valdete Magalhães e Waldir Bassan Junior e professores acompanharam os estudantes ao Confinamento Terra Verdi, localizado a 29 km da cidade.
O grupo foi recebido pelo empresário Manoel Terra Verdi, de família tradicional de Fernandópolis. Conduzidos pelos vários setores do empreendimento (silagem, depósito, casa de máquinas, baias de confinamento), os estudantes ouviram de Manoel muitas informações e conselhos importantes à sua formação.
10 MIL CABEÇAS
O empresário revelou que o confinamento tem capacidade estática de cerca de 10 mil animais. No momento, 6 mil bovinos passam pela terceira e última parte do ciclo: a engorda, que vem depois da “cria” e da “recria”.
Segundo Manoel, pela primeira vez a empresa tem mais fêmeas do que machos. Isso se explica, segundo ele, pela dificuldade dos criadores em manter as fêmeas sob regime de pasto, dado o alto custo e a estiagem.
Levados a percorrer as baias – que têm intercaladas fileiras de eucaliptos, para sombreamento – os estudantes e também os adultos se impressionavam com a magnitude do confinamento, onde predominava a cor branca dos nelores.
De repente, um lote de animais de pelagem negra. Manoel explicava que eram da raça angus, que tem maior valor de mercado, por serem animais de carne mais macia e marmorizada.
A excursão chegava então a um setor de baias em construção, com piso de concreto. O empresário contou que aquele é um conceito novo, que facilitará o descanso dos animais durante o processo de ruminação.
No retorno à base, Manoel Terra Verdi conduziu os alunos ao enorme setor de silagem, onde contou que o milho – que vem em sua maior parte de Goiás, da região de Jataí – é o componente energético mais importante da ração. Ele é misturado a alguns subprodutos e outros materiais, inclusive casca de laranja.
AGROLIGADAS
Quatro representantes das “Agroligadas” acompanhavam a visita: a presidente do grupo, Elisângela Carmo Souza Bassan, e as coordenadoras Renata Pereira, Gabriela Sartori e Nataly Herrero Garcia. O grupo vem ministrando aulas, duas vezes por semana, na Escola Agrícola Melvin Jones. “Queremos agregar mais mulheres para nossa causa”, disse Renata.
Ao final do passeio, o jovem João Neto, que está no 9º ano da escola, revelou sua avaliação do “Dia do Campo”. “Hoje aprendi muito, e esse passeio me levou a concluir que é isso mesmo que quero fazer na minha vida”, afirmou.
O menino saiu da visita à histórica fazenda que foi de Neca Verdi tendo na mente e no coração as palavras que ouviu do empresário Manoel: “estudem muito. A Educação é o único jeito da gente crescer”.
Fonte: Secretaria de Comunicação de Fernandópolis