ECONOMIA
Vendas de imóveis usados caem pelo 3º mês consecutivo em todo o Estado de SP
Vendas de imóveis usados caem pelo 3º mês consecutivo em todo o Estado de SP
Pesquisa CRECISP registrou que 43% das vendas eram de casas e 57% de apartamentos
Pesquisa CRECISP registrou que 43% das vendas eram de casas e 57% de apartamentos

Da Redação
No mês de Agosto, o CRECISP realizou um estudo com 2.034 imobiliárias de todo o Estado de São Paulo, com o intuito de revelar como estão as vendas e locações de casas e apartamentos residenciais usados. O levantamento mostrou que, na comparação com julho, houve queda de 10,94% no volume de vendas e alta de 11,17% nas locações.
Somados os financiamentos concedidos pela CAIXA (48,8%) e pelos demais bancos (14%) responderam por 62,7% dos negócios realizados em Agosto em todo o Estado. Na sequência, vieram as vendas à vista, com 21%, os negócios parcelados diretamente pelos proprietários, com 14%, e as transações por meio de consórcios, com 2,3%.
A Pesquisa CRECISP registrou que 43% das vendas eram de casas e 57% de apartamentos, de acordo com as imobiliárias consultadas. Os compradores buscaram, preferencialmente, por imóveis na faixa de preço entre R$ 200 mil e R$ 300 mil.
Tanto as casas quanto os apartamentos mais vendidos nesse período tinham 2 dormitórios e no que se refere à área útil, ela variou entre 50 m² e 100 m² para casas e até 50m² para apartamentos. A maioria dos imóveis negociados (48,8%) estava situada na periferia das cidades consultadas pela Pesquisa.
O presidente José Augusto Viana Neto explicou que, “no setor de vendas, os números mostram que o mercado ainda enfrenta desafios. Após um início de ano difícil, com quedas expressivas em janeiro (-23,82%) e março (-7,01%), houve sinais de recuperação em abril (+16,20%) e maio (+11,91%). No entanto, essa retomada não foi suficiente para sustentar o crescimento, já que junho, julho e agosto voltaram a registrar retrações. O acumulado até agosto indica queda de -13,65%, mostrando que fatores como o custo do crédito e a cautela dos consumidores ainda impactam diretamente as negociações de compra e venda.”
“Já no mercado de locações, o desempenho foi bem mais favorável. O ano começou com uma leve retração em janeiro (-3,53%), mas rapidamente a curva se inverteu, com forte alta em fevereiro (+27,60%) e resultados positivos em abril (+7,54%) e agosto (+11,17%). Apesar de quedas pontuais em março, maio e julho, o setor conseguiu sustentar crescimento contínuo, alcançando +17,41% no acumulado do ano. Isso reforça a tendência de que a locação tem sido a opção mais viável e procurada, especialmente diante das incertezas econômicas.”
Locações crescem mais de 11% em agosto
A maioria dos inquilinos assinou contratos de locação de imóveis com valores até R$ 1.000,00 (27,8%) e 50,6% das propriedades alugadas estavam situadas na periferia.
No ranking das garantias locatícias, o seguro fiança liderou as preferências dos novos inquilinos, com 35,8%. Na sequência, aparecem o fiador, com 30,7%, e o depósito caução, com 27%.
Houve crescimento no volume de casas e apartamentos alugados em Agosto na comparação com julho. Segundo as imobiliárias que participaram da Pesquisa, o percentual aumentou 11,17% em relação ao mês anterior.
Em 34% dos cancelamentos de contratos de locação ocorridos em Agosto, os inquilinos optaram pela mudança para aluguéis mais baratos; 21,2% foram para aluguéis mais caros e 44,8% se mudaram sem dar justificativa.
Os locatários escolheram, em sua maioria, casas e apartamentos com 2 dormitórios e área útil de 50 m² a 100 m².