Foto: Reprodução / Fonte: Brasil 247

Da Redação

O ex-deputado estadual Paulo Frateschi (PT), de 72 anos, foi morto a facadas na manhã desta quinta-feira (6), dentro de sua residência, em São Paulo. Segundo a Polícia Militar, o ex-parlamentar chegou a ser socorrido ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos. O caso é investigado pela Polícia Civil.

De acordo com informações apuradas pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, os policiais foram acionados para atender uma ocorrência de agressão doméstica. Ao chegarem ao local, encontraram Frateschi caído na cozinha, com um ferimento profundo no abdômen.

Filho teria sofrido surto psicótico

Testemunhas relataram que o filho do ex-deputado, Francisco Frateschi, teria sofrido um surto psicótico e, durante a crise, atacado o pai com uma faca. A mãe de Francisco, Yolanda Maux Viana, também foi ferida e sofreu fratura em um dos braços. Ela foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Lapa e segue em observação.

O filho foi detido pela Polícia Militar e conduzido à delegacia para prestar depoimento. A Polícia Civil informou que vai solicitar avaliação psicológica para determinar o estado mental de Francisco no momento do crime.

Militante histórico do PT

Com trajetória marcada pela militância política e social, Paulo Frateschi foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e teve papel ativo nos movimentos pela redemocratização do país. Ele foi deputado estadual em São Paulo e participou de diversas frentes voltadas à defesa dos direitos trabalhistas e à inclusão social.

Frateschi também ocupou cargos em gestões petistas e era reconhecido por sua atuação nos bastidores políticos e na formação de quadros dentro do partido.

Tragédias pessoais

A vida do ex-deputado foi marcada por perdas familiares. Em 2002, ele perdeu o filho mais novo, Pedro, de 7 anos, em um acidente de carro na Rodovia Carvalho Pinto. Um ano depois, em 2003, o filho Júlio, de 16 anos, morreu em outro acidente, na rodovia Rio-Santos, em Paraty (RJ).

Na época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou a São Paulo para acompanhar o velório do jovem, em solidariedade ao amigo e correligionário.

A Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer as circunstâncias do ataque e confirmar a dinâmica dos fatos dentro da residência. O corpo de Paulo Frateschi foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da capital paulista.