Crônica: A mãe de Jô Soares - Uma história sobre sua morte

Crônica: A mãe de Jô Soares - Uma história sobre sua morte

Leia também: Provações da vida - Deus nos faz perder para ver se somos capazes de nos desapegar

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Publicada há 1 hora

Minutinho: Provações da vida

Por: Hugo Lapa

Deus nos tira o casaco para ver se nós aprendemos a resistir ao frio.

Deus coloca uma estrada longa para ver se aprendemos a caminhar.

Deus nos faz ficar cegos para ver se conseguimos enxergar além das aparências.

Deus nos faz cair para ver se aprendemos a levantar.

Deus nos afasta das pessoas para ver se aprendemos a valorizar o outro.

Deus nos coloca limites para ver se somos capazes de superá-los.

Deus coloca barreiras em nossa frente para ver se somos capazes de transpô-las.

Deus nos faz perder para ver se somos capazes de nos desapegar.

Deus nos joga na escuridão para ver se somos capazes de acender a luz.

Deus nos tira o chão para ver se somos capazes de voar.

Deus nos faz morrer para ver se, finalmente, nós somos capazes de renascer.

Todas as circunstâncias da vida são provações que necessitamos passar.

É como o aluno que faz uma prova…

A prova serve para testar seus conhecimentos,

Mas na vida as provações servem para testar o ser humano e sua fé.

Avaliar, verificar e nos ajudar a viver na plenitude de nossa ética, do nosso caráter, do nosso desprendimento, de nossa fé e do nosso amor.

Quando Deus te tirar o chão, não reclame… Aprenda a voar.

Voe pelos espaços sagrados do despertar espiritual no seio do infinito.

Crônica: A mãe de Jô Soares

Por: Autoria desconhecida

Mercedes Leal Soares, mãe do apresentador, humorista e escritor Jô Soares, tinha 70 anos quando foi vítima de um trágico acidente. Era um dia de chuva intensa no Rio de Janeiro. Um táxi a atropelou. O motorista, em estado de choque, não fugiu. Pelo contrário: socorreu Mercedes imediatamente, levou-a ao hospital e permaneceu ao lado do marido dela, o pai de Jô, até o fim. Mas a fratura na base do crânio foi fatal. Mercedes não resistiu.

O tempo passou. Dez anos.

Jô, já consagrado como apresentador, humorista e escritor, estava no aeroporto Santos Dumont. Pediu um táxi, como fazia tantas vezes. Entrou no carro sem saber que aquele trajeto mudaria algo dentro dele, e dentro do motorista também.

A corrida foi silenciosa. Mas, ao final, o taxista virou-se para ele, com os olhos marejados, e disse:

 “Senhor Jô... Eu sou o homem que atropelou sua mãe.”

O silêncio tomou conta do carro. O tempo pareceu parar.

O motorista, visivelmente emocionado, contou que carregava aquela culpa havia uma década. Que desde o acidente não dormia em paz. Que precisava, mais do que tudo, olhar nos olhos de Jô e ouvir que estava perdoado.

Jô respirou fundo. E, com a serenidade de quem compreende a alma humana, respondeu:

 - O perdão foi dado naquele mesmo dia. Quando você socorreu minha mãe. Quando ficou com meu pai. Quando agiu com dignidade. Você não teve culpa. E eu já estou em paz com isso há muito tempo.

Ambos choraram. Ali, naquele instante, duas vidas foram tocadas por algo maior: o poder do perdão.

Jô compartilhou essa história em 2015, em uma entrevista ao jornalista Marcelo Bonfá. E concluiu com uma frase que resume tudo:

 “O perdão é a coisa mais importante do mundo.”

O texto é de livre manifestação do signatário que apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados e não reflete, necessariamente, a opinião do 'O Extra.net'.

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