
Foto: Reprodução / Fonte: Redes Sociais
Da Redação
Uma discussão familiar terminou em tragédia na tarde desta sexta-feira em Piraju, no interior paulista. O policial militar Leonardo Silva, de 25 anos, matou a esposa Camilla Santos Silva e o sogro a facadas. Ele foi morto em seguida por colegas da corporação, que intervieram no momento em que o PM tentava atacar também a sogra, que havia se trancado no banheiro para se proteger.
O crime e a intervenção policial
De acordo com as primeiras informações, os policiais foram acionados por vizinhos e, ao chegarem ao local, flagraram Leonardo desferindo golpes de faca contra a esposa. A sogra, que assistiu ao início das agressões, conseguiu se refugiar no banheiro. Segundo o registro da ocorrência, os PMs atiraram contra Leonardo quando ele avançou em direção à porta para tentar alcançá-la.
Camilla, o pai e o agressor foram socorridos e levados ao pronto-socorro de Piraju, mas nenhum deles resistiu aos ferimentos. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal de Avaré.
Antecedentes e medida preventiva
A Polícia Civil informou que, na noite anterior ao ataque, a arma funcional de Leonardo havia sido recolhida pela corporação após relatos de ameaças contra a esposa — medida que, segundo a investigação, indicava agravamento do conflito familiar.
A investigação agora apura o histórico de violência doméstica e os possíveis gatilhos que motivaram o ataque fatal.
Vítima era ativista no combate à violência contra a mulher
Camilla era advogada e reconhecida na região por sua atuação no enfrentamento à violência de gênero. A Ordem dos Advogados do Brasil informou que ela presidia a Comissão das Mulheres Advogadas da subseção local, participando de campanhas de acolhimento e orientação a vítimas de violência doméstica.
Inscrita na OAB desde janeiro de 2018, Camilla era considerada uma referência no tema e participava de eventos e ações voltadas à valorização da mulher na advocacia. A subseção divulgou nota lamentando as mortes e prestando solidariedade à família.
Continuidade da investigação
A Polícia Civil segue colhendo depoimentos e deve emitir, nos próximos dias, um relatório preliminar com a reconstrução dos fatos. O caso será registrado como feminicídio, homicídio qualificado e intervenção policial resultando em morte.