Foto: Arquivo / Fonte: Sabesp

Da Redação

A Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) autorizou a Sabesp a aplicar um reajuste de 6,11% nas tarifas de água e esgoto a partir de 1º de janeiro de 2026. Este será o primeiro aumento após a privatização da empresa, concluída em julho de 2024.

Reajuste segue variação da inflação

O percentual corresponde à atualização inflacionária medida pelo IPCA no período de 16 meses, intervalo previsto no contrato de desestatização da companhia.

Segundo a Arsesp, o valor autorizado ficou 15% abaixo do teto projetado contratualmente.

A Sabesp, em comunicado ao mercado, afirmou que o reajuste médio ponderado será de 6,5%, mas ainda não detalhou a diferença entre os números apresentados por ela e pela agência reguladora.

Como fica o valor da conta

O aumento impactará todas as categorias de clientes.

Veja alguns exemplos divulgados:

Tarifa residencial (por m³)

Faixa de consumo entre 11 m³ e 20 m³:

Antes: R$ 6,01

Depois: R$ 6,40

Consumo entre 21 m³ e 50 m³:

Antes: R$ 14,98

Depois: R$ 15,95

No total, a conta residencial pode ficar entre R$ 0,39 e R$ 1,07 mais cara por metro cúbico, dependendo da faixa de consumo.

Promessas antes da privatização

Antes da venda da Sabesp, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) havia declarado que a tarifa não aumentaria para a população.

Posteriormente, durante o processo de privatização, o governo revisou o discurso e afirmou que os reajustes não ultrapassariam o índice de referência estabelecido em contrato — índice este que simula como seriam as tarifas caso a empresa permanecesse estatal.

No reajuste anunciado agora, o governo afirma que os 6,11% ficaram abaixo desse índice projetado.