Nesta edição, 125 prefeituras também foram certificadas pelas boas práticas de gestão no campo Foto: Pablo Jacob/Governo de SP

Da Redação

O Governo de São Paulo realizou nesta segunda-feira (15), no Palácio dos Bandeirantes, a entrega do Prêmio Município Agro Paulista – Edição 2025. Em sua sétima edição, o programa alcançou um novo patamar, com investimento recorde de R$ 6 milhões — ante R$ 5 milhões no ciclo anterior — e a certificação de 125 municípios paulistas por boas práticas de gestão no campo. Desses, 90 receberam repasses financeiros.

Durante a cerimônia, o governador Tarcísio de Freitas destacou o papel estratégico do agronegócio paulista na economia e na agenda ambiental. Segundo ele, o Estado reúne produção crescente, tecnologia e preservação ambiental, consolidando-se como potência agroambiental.

Nesta edição, a metodologia manteve a divisão dos municípios em três grupos conforme o Produto Interno Bruto (PIB), garantindo maior equilíbrio entre cidades de diferentes portes. No Grupo 1 estão municípios com PIB entre R$ 3 bilhões e R$ 90 bilhões; no Grupo 2, aqueles entre R$ 500 milhões e R$ 3 bilhões; e no Grupo 3, cidades com PIB entre R$ 30 milhões e R$ 500 milhões.

Os três primeiros colocados de cada grupo receberam valores maiores — R$ 200 mil, R$ 150 mil e R$ 100 mil — enquanto os demais municípios premiados financeiramente obtiveram repasses de R$ 50 mil ou R$ 70 mil, conforme a pontuação.

Destaque regional

Na região, o desempenho dos municípios chamou atenção em todos os grupos. No Grupo 1, entre os 28 classificados, apenas Votuporanga representou a região, alcançando a 21ª colocação.

Já no Grupo 2, os destaques ficaram por conta de Jales e Ouroeste, que obtiveram, respectivamente, a sexta e a sétima posições. Santa Fé do Sul também figurou entre os municípios certificados, ocupando o 14º lugar entre os 42 selecionados.

No Grupo 3, foram incluídos Mendonça, Santa Clara d’Oeste e Mira Estrela, que integraram a lista dos 55 municípios classificados nessa faixa.

Critérios e aplicação dos recursos

A seleção considerou indicadores de governança, planejamento territorial, sustentabilidade, inovação e capacidade de execução. Mais de 60% da pontuação é composta por critérios de gestão, como funcionamento das equipes municipais, regularidade dos programas, atuação dos conselhos, qualidade da assistência técnica e alinhamento às diretrizes estaduais.

Os recursos do programa costumam ser aplicados em ações estruturantes, como modernização das Casas da Agricultura, conservação de solo e água, melhoria das estradas rurais, segurança alimentar, diversificação produtiva e ampliação do acesso dos produtores a mercados formais.

Outros anúncios para o agro

O evento também foi marcado por anúncios relevantes, como a assinatura de decreto que institui o novo Programa Paulista de Regularização de Terras, avanços na regularização ambiental com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), entregas de títulos a comunidades quilombolas e autorizações para emissão de títulos rurais e urbanos em diferentes municípios.

Na área de investimentos, o governo anunciou o Projeto Agro Paulista Mais Verde – Microbacias III, que prevê R$ 1,2 bilhão em investimentos ao longo de seis anos, beneficiando mais de 120 mil produtores, além de convênios para novas unidades do programa Cozinhalimento e outras ações voltadas ao fortalecimento do desenvolvimento rural paulista.